Cotidiano do Amor Colorido
Vivemos no cotidiano das experiências, nascemos na expectativa de experimentar a vida em uma sociedade ultrajada de altos rigores, alfaiatada nos linhos da rigidez, tecendo nas entrelinhas da vida, a solidez de seres rudimentares, sem a capacidade de amar.
Pessoas que fazem dos irmãos próximos, bichos de sete cabeças, incapazes de se igualarem a eles. Vestidos de orgulho e avareza dominam um amor disforme, incapaz de compreender as sofreguidões da essência perene.
Almas que se agradam do prazer da luxuria, satisfazendo o vicio incessante de incapacitar o amor, tornando duro e austero o coração, dispondo-o a não amar. Pessoas voláteis que fazem dos minutos da vida, algo incapaz de mudar o futuro. As horas valem mais do que os minutos. Horas que acabam a definhar o ser, tornando-o dependente do seu próprio vicio.
Customizam a idéia de superioridade, aniquilam as pessoas contrárias ao seu próprio nazismo, aluindo a Hitler, se tornam masoquistas das pessoas que compreenderam a capacidade de amar. Vida sem vida. Pessoas que vivem no poço da certeza e morrem na desilusão de que tudo não passou de uma mera brincadeira.
O tempo é capaz de dar a vida a aqueles que morrem e tirar do poço aqueles que desolam. O tempo é capaz de afundar aqueles que sobrenadam, e destruir aqueles que vivem. O tempo demonstra na pintura da tela da vida, o prazer disforme, que acaba com o ego e dissipa o prazer de amar.
Aberto a escolhas. A escolha de amar, a escolha de bem viver-se amar. A escolha de amar e ser amado, ou de bem viver-se amar, e não ser correspondido. Uma teia viciosa atenta a todo o prazer, capaz de ludificar a certeza humana.
No meu disforme mundo colorido, vou pincelando na essência da alma, a alegria do prazer de se viver, mostrando as pessoas pretas e brancas os pigmentos do amor eterno. Um infindável arco-íris de cor, que tingem o pacato céu azul, com as cores transluzidas da paixão.
Compreender o amor das cores é deixar-se realizar pelas certezas incertas. Parar e ter a sensatez de pensar no amanhã e, garantir o futuro colorido da humanidade. As cores falam ao coração. Capacitam aqueles que se tornam ocultos pelo preto, e tiram toda a cegueira, e deixam brilhar os grilhões do arco-íris.
Busco o duende assexuado no final da imensidão do colorido, a fim de dar-lhe o sexo, o prazer e acima de tudo o amor, tornando-o companheiro mutuo, das horas incertas, capaz de amar, e ser amado, e bem saber amar, e deixar-se corresponder.
Compartilho o segredo oculto do pote de ouro, as moedas do carinho, esperança e dedicação, valem mais do que o ouro dos humanos. Um pote com segredos seguros. Capaz de mudar o pensamento humano, deixando-os inebriados pelo ouro das pessoas coloridas.
As imensidões do colorido Saúdem.
José Luís Rezende de Villa