GÍRIAS.
Chagaspires.
Assim com os ditados e as expressões, as gírias também fazem parte do nosso linguajar. Popularmente elas aparecem sempre com a irreverência do povão por conta de determinados fatos, coisas, ou pessoas, trazidas à tona em momentos e épocas determinadas.
Camumbembe: Muito usado nos anos 50 e 60.
Termo definidor de uma pessoa de baixa condição, vadio, indivíduo da ralé, ou mesmo mendigo. Qualificativo comumente usado quando se queria diminuir ou menosprezar alguém.
Bôcomoco: é um adjetivo derivado da aglutinação da palavra bocó e mocorongo, muito utilizada nos anos 70 e 80, para definir algo ou alguém ridículo, careta, fora de moda, Mané, brega, ultrapassado, etc.
Se usarmos tais termos nos dias atuais os mais jovens não saberão seus significados.
Dois termos utilizados atualmente e que fugiam ao meu conhecimento:
Morgado e Noiado.
Como sou professor e lecionei até uns quatro meses atrás numa escola de formação de vigilantes, constantemente percebia alguns alunos utilizarem tais gírias e não sabia de seu s significados.
Curioso e bastante interessado em desvendar o mistério, procurei meu filho Eric que pertence a Polícia Militar, e ele me informou que a palavra Morgado, significa quieto, parado, devagar, ou ainda preguiçoso, ocioso, manso, fora do ar.
Já a palavra Noiado tem uma ligação com as drogas. Significa: doidão, drogado, com a cabeça cheia, confuso, cheio de droga.
Da mesma forma que conhecemos diversas gírias no passado, os jovens de hoje também usam dessa importante linguagem quando querem definir algo ou alguma coisa que lhes parecem diferentes sem utilizarem de palavras corriqueiras ou eruditas de nosso dialeto português.