TANTOS SONHOS
Eu não falei das rosas, das inúmeras rosas que plantei e que germinaram lindas! Porém, algumas delas com muitos espinhos que ao tentar colhe-las me feriram.
Eu tentei falar de amor sempre ao regá-las, eu até as ofereci quando elas pareciam mais perfeitas e cada vez mais lindas! E mesmo assim não sei por que algumas delas feriram-me tão profundamente que até consegui regá-las com meu próprio sangue; algumas delas até nasceram vermelhas.
Eu tentei por muitas vezes transformar o pranto em canção para ninar o sono de tanta gente, mas algumas vezes a canção se fez tristonha, o máximo que consegui foi prantear a dor de ser tão só e incompreendida.
Eu sonhei nos meus muitos sonhos, um mundo onde não chorássemos de tristeza e que a solidão pudesse ser apenas inspiração, assim como a saudade, como a distância...
Ah! Como eu me imaginei dentro de tantos sonhos, onde podia ir pra lá de além, em busca da realidade de cada um! Mas tudo que encontrei foi um espaço vazio até de mim mesma.
Mesmo assim, ainda semeio rosas de diversas cores sem, contudo esperar que elas possam mudar a minha vida, preencher lacunas ornamentar os meus caminhos em busca de alguma realidade que não a que vivo estando desperta.
Vou esperar receber rosas de alguém, o que sempre tive o cuidado e o carinho de ofertar, e que elas possam-me falar não apenas de sonhos, mas de uma realidade compartilhada e que se existirem espinhos, que não apenas as minhas mãos os retirem com carinho para que não nos possam ferir.
Brasília, 09/12/2010