MINHA VISÃO DO NATAL E ANO NOVO


IMAGEM DE ARNALDO AGRIA HUSS


Aprecio a época das festas de final de ano, principalmente pelo brilho superficial das luzes que compõem a paisagem em todo o mundo. E a cada ano surgem novas tecnologias luminosas – lâmpadas e espetáculos pirotécnicos – que nos envolvem ainda mais.

 
Mas, não sou chegado ao Natal. Talvez pelo fato de, na minha juventude, nunca ter conseguido ver reunidas as famílias por parte de pai e mãe. O motivo eram aquelas briguinhas idiotas que acontecem em quase todas as famílias e que acabam por prejudicar todas as gerações. Sempre me senti dividido nesses momentos, tendo que ficar um pouco na casa de um e um pouco na casa de outro. E, por muitas vezes, não tinha vontade de ficar na casa de ninguém. A rua, com poucos e bons amigos, seria o melhor caminho. Mas, acabava por me render aos apelos de meus pais e lá ia eu curtir minha hipocrisia natalina.
 
Quanto ao final de ano, o trauma era menor, pois as comemorações já tinham outro significado. Natal é mais família e final de ano costuma ser alegria e descontração. Pelo menos, isso é o mais comum.
 
Até hoje não havia escrito nada relacionado com Natal e Ano Novo, até porque não gosto de escrever sobre festas e situações de época.
 
Mas, neste ano resolvi me render e entrei no clima festivo. Mesmo assim de uma forma não plena, pois como diz Doctor House, “escolher uma época do ano para sermos decentes com os outros é obsceno; assim, no restante do ano podemos ser desprezíveis”. É aquela história do sujeito que passa o ano inteiro querendo te ferrar de alguma forma e no final do ano vem te desejar “Boas Festas”. Além de hipócrita, é obsceno.
 
Então meu caro, para ter um Ano Novo que ostente este nome, você tem que merecê-lo, tem que fazê-lo novo. E sabe por quê? Porque é dentro de você que ele está meio que adormecido, esperando por essa sua atitude desde sempre. Talvez não seja muito fácil, mas experimente. Se conseguir, vai ver como vale a pena.
 
E, para não passar em branco, a minha mensagem de boas festas a você que me lê:
 
Mesmo com o caminhar do mundo não muito sereno, vamos nos lembrar sempre que, por mais que nos ameacem com chips, robôs e tecnologias hilariantes, seremos nós, sempre nós, que faremos a diferença. Feliz Natal e um Ano Novo repleto de prosperidade, onde a fé e a esperança no futuro possam reviver a cada dia.
 
Muita paz a todos!
 
 
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Arnaldo Agria Huss
Enviado por Arnaldo Agria Huss em 09/12/2010
Código do texto: T2663232
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