O ENGENHEIRO E O VELHO DA MARRETA.

Autor desconhecido. Contada pelo meu pai quando eu era criança.

Estávamos na década de 60 o deslocamento das pessoas era muito demorada, próxima a minha cidadezinha estava sendo aberta uma rodovia estadual. Trouxeram uma maquina enorme direto da Alemanha, para asfaltar aquela estrada, era uma máquina moderníssima e muito eficaz.

Muito bem, aquela moderníssima máquina acabou travando no meio da estrada e não havia ninguém que a destravasse. Juntaram-se três engenheiros do estado, analisaram, mexeram, desmontaram e montaram varias peças daquela máquina e nada da danada destravar, já havia uma semana que a obra estava parada devido ao problema e ainda teriam que esperar mais 15 dias para a chegada de um engenheiro alemão, fabricante da máquina.

Um dos piões da obra sugeriu ao engenheiro chefe que chamasse Seu Manoel, um velho português que morava na cidade e consertava de tudo pelas redondezas, a princípio o engenheiro retrucou menosprezando seu Manoel. “O que um velho marreteiro entenderia de uma das máquinas mais modernas do mudo?” Mas diante da insistência de mais quatro de seus funcionários, mandou que chamasse o velho.

Ao amanhecer do dia seguinte o velho chegou com sua maletinha de ferramentas e juntamente com o engenheiro foram até a máquina. Seu Manoel olhou por cima, olhou por baixo, do lado e após 20 minutos só olhando, pediu uma marreta pesada e marretou uma das peças do mecanismo de tração da máquina e pediu para o operador movimentá-la; Perfeito a danada destravou e voltou a trabalhar.

Na hora de receber pelo serviço o engenheiro disse:

- Mas este valor está muito caro! Como vou explicar tudo isto por uma simples marretada, meu chefe me mata.

- Pode deixar que vou descrever tudo na nota fiscal, e eles me pagarão com um sorriso na cara. Disse seu Manoel

Pela manhã seguinte, Seu Manoel apresentou a nota ao engenheiro com as seguintes descrições:

Dar uma marretada - R$10.00.

Saber onde dar a marretada - R$ 490.00.