Diário de uma escritora...

Há dias venho me segurando para não escrever, para não descrever o que sinto ou o que penso, para não trazer dor nas palavras nem sofrimento, para não me entristecer ainda mais. Pois é, as palavras que revisto de fugas e encontros solitários, as palavras que me fazem conhecer o desconhecido, as palavras entre meus sentimentos e espaços.

E o que diria você diante de tudo isso? Bem, confesso em meus versos vagos e esparsos, confesso meus casos, minhas angústias guardadas e lavadas diante de mim mesma, diante da sutileza das palavras que frias buscam resolver, amenizar os rabiscos e traços de uma vida cheia de marcas, de uma jovem tão vivida que encara tudo de frente e tudo na sua mente tem um sentido, um motivo, e nada é por acaso.

Eu digo que hoje eu sou bem mais que já fui, eu sou algo que vai além de tudo que já foi visto antes, eu sou um alguém que com certeza não será a mesma para sempre, entre mudanças e buscando acreditar em algo, algo que me encha de alegria mesmo sabendo que jamais a alegria habitará tão firme em mim.

Mas eu com certeza sei o que estou tentando dizer, eu sei que as frases são poucas e nem conseguem expressar ao certo, eu sei que nada mais é tão incerto assim e que também é, mas o que sei não vem ao acaso ou quem sabe vem também.

Mas um parágrafo, mais uma dúzia de palavras e mais um milhão de sentimentos, tantos momentos na memória, tantas lágrimas e sorrisos na minha história, mas agora eu só quero ter alguém que possa me amar também, me dizer coisas bonitas, me mostrar o lado bom da vida, andar de mãos dadas, brincar e dar boas risadas, me fazer feliz e me chamar de meu bem.