Curiosa
- Elvis não morreu! Bradou um estudante no pátio da faculdade.
Assim que Marina acabou de conversar; com grupo de amigas. Marina, simplesmente, estagnou.
Meio deslumbrada. Meio o achando louco.
- Elvis não morreu! Elucidou o estudando de bermuda. Novamente.
Ué. Elvis havia morrido, pensou Marina.
Marina, a mochila nas costas, de bermuda jeans e cabelo lustrosamente preto, estagnou. Pela segunda vez. No entanto, desta vez, atiçando a curiosidade.
Por que ele repete isso de minuto a minuto? Perguntou o bom senso.
O pátio, a fonte borrifando água, em meio ao jardim desértico se encontrava.
Havia somente Marina e o louco.
- Elvis não morreu.
O louco era tão moreno quanto Marina.
Marina, decidida, rodeou um único banco, de madeira, que separava-a do jovem rapaz.
Eles trocaram olhares. Num segundo distraído. Aí ele repetiu, novamente:
-Elvis não morreu. Ele fitou Marina rindo.
Qual a graça?
- Por que você fica toda hora repetindo Elvis não morreu? Cercou Marina curiosíssima.
- Meu nome é Paulo.
- Legal.. Paulo.. Mas, você não respondeu minha pergunta...
Paulo a cortou de imediato:
- Como posso responder sem ao menos saber seu nome?
Marina entendia ainda menos. Mas, educadamente retrucou:
- Marina. E quanto minha resposta?
- E o número do celular?
Marina ficou desconfiada, porém, curiosa atendeu ao pedido. Não sem antes questionar:
- Para que o número do celular? Só quero minha resposta.
- Você é bem curiosa e apressada ,não? Paulo guardou seu celular no bolso, nitidamente satisfeito.
- Ok. Paulo bateu as mãos. Achando, quem sabe, Marina meio mandona. Seguinte. Meus amigos ficavam me zuando. Continuou Paulo gesticulando, a voz firme e cautelosa. Paulo não pega ninguém! Imitou ele a voz do amigo. Então, surgiu uma fórmula eficaz. Hum.. Depois eu ligo para você?
Paulo usou a mão como um fone, se afastando.
- Seu... Marina irritou-se ao compreender.
- Não precisa ficar chateada. Você não foi a única a usar a minha fórmula. Não se preocupe, eu prometo ligar mais tarde. Quem sabe não rola um encontro...
Ele não era tão louco afinal. Contudo, Marina parecia bem curiosa.