Dentro de um "Busão"
Dia desses resolvi viver uma experiência inovadora e me surpreendi. Porque além de inovadora ela foi interessante, engraçada e uma verdadeira viagem.
Você deve estar me perguntando o que será que ela viveu de tão fantástico assim e eu te digo, vivi o que todo trabalhador enfrenta todos os dias e as vezes mais de uma vez por dia. Só que fiz isso de uma forma exploratória. Eu peguei um "busão. Engraçado dizer isso "peguei" "tomei" um busão.
AAAAh! e vocês nem imaginam o que se passa em longas 2 horas dentro de um ônibus. Com certeza existem muitas histórias mais as pessoas entram tão cansadas que passam desapercebidos os fatos, as figuras hilárias e curiosas e as vezes dantescas dentro de um ônibus.
Era sábado por volta das 20:00hr, dei sinal e ele parou, me sentei lá atrás para que a visualisação pudesse ser total. Não demorou muito para que as historias começassem a "pipocar".
Tocou 1 celular e uma Senhora atendeu(você já reparou nas pessoas idosas manipulando um aparelho celular?) e a ordem foi:
- Tira o frango do congelador
- Cadê o Michael?
-Fala pra ele entrar, tomar banho e esperar a mãe.
Enquanto essa conversa se findava quase ao meu lado um Sr. cantarolava uma canção religiosa(e não é que o danado tinha bom timbre!). Sinceramente não conhecia a letra mas, era calma como se quisesse amenizar o estresse das pessoas já cansadas e ansiosas por chegarem a seus lares, tanto aperto, tantas freiadas, com licença pra cá, com licença pra lá e Opa!Opa! um outro celular tocou... outra Sra. atendeu.
- Oi Eugênio. Para de chorar Eugênio.
- Toma seu remédio de pressão Eugênio.
-Olha! Eu vou falar com seus filhos. Não dá pra "gente" ficar junto Eugênio.
- Pára de chorar Eugênio...(eu estava quase matando esse Eugênio) e a conversa continuou até que...ufa! a ligação caiu!
Mas, a Sra. ainda não tinha terminado... e fez um redial e o tal Eugênio(sofrido, mal amado, coitadinho) atendeu. Quase pedi pra descer do ônibus, Eugênio pra lá, Eugênio pra cá...
E quando eu pensava inocentemente que já estava na hora de descer... eis que entra uma moderna jovem, cabelos negros e com uma "chapinha ferrada" de jeans e camiseta falando ao celular(como sempre o celular...) falava, gesticulava e resolveu que era dia, hora e local de limpar o salão, cutucar o nariz. E como dizia nosso ex-presidente Collor:- Minha gente!!! Foi uma cena dos horrores.
Cutucava pra cá, cutucava pra lá até que.... urggh!!! Saiu!
Meu povo, minha gente, companheiros!!!!! O que é isso?? Num ônibus?? Num sábado a noite?? Na frente de todo mundo??
E a cena seguinte foi a clássica. Enrolar na ponta dos dedos polegar e indicador até que secasse e pudesse jogar fora. A conversa fluia e parecia até animada (uma olhadinha rápida pra ver ser tinha secado) mas nada, o elástico continuava a ser enrolado.... eu estava incomodada com aquela cena até que a moça aparentemente tão limpinha e trabalhada na elegância esfregou nos outros dedos e se livrou do dejeto. Até pra mim foi um alivio.
Confesso que depois dessa resolvi puxar a "cordinha" e parar no próximo ponto.
Conhece aquela piada?? " Uma lotação no Rio Grande do Sul, um gaúcho perguntou ao outro que se esfregava nele. - O que tu tá fazendo? E o outro respondeu: - Nada! Diante dessa resposta o gaúcho retrucou: - Então dá licença pra outro.
Isso se chama ônibus!!!
Tem uma boa historia que aconteceu num ônibus??
Conta aí!!!