SAUDADE?


 
Neste sábado ensolarado demais. Idéias espalhadas demais, não encontrando o seu lugar, invadindo espaços já ocupados vão alterando o pensamento em repouso, procurando soluções de coisas indefinidas. Um incômodo indesejado.
Paro para detectar o que é, nem sei. Procuro uma amiga como a pedir socorro.
O que é isso?
 
Será dezembro que intromete avisando que o ano passou? Que a vida acabou?

Questionamentos surgindo... parecido com saudade de alguém ou de alguma coisa...
Fiz varias coisas sem vontade pro momento.

Parece um desatino. Uma inquietação, e lá no play uma criança de grito fino... O coração, meu coração que é?  Mergulhado, parado e sem ação?
 
Lembro uma menina pequenina, de seis anos, entrando na igreja matriz com aquela torre tão alta a lhe inspirar respeito e, em ato solene punha o véu branco na cabeça por ser uma menina.
As mulheres punham véu preto e os homens tiravam o chapéu.
E entravam todos, a família pai, mãe e cinco filhos.

Era a felicidade. O resto do mundo não existia.
 
Éramos sete.
Felizes para sempre.