O BÊBADO, O MUNDO E A RODA
Outro dia encontrei um Bebum parado na calçada da rua do bairro da cidade onde mora, olhando boquiaberto, perplexo, para o rodado de uma bicicleta de um menino que havia caído. A bicicleta de um lado e o menino choroso do outro, mesmo não tendo sofrido um só arranhão.
O Bebum olhava à roda da bicicleta que ainda girava ao vento, com o restinho da força da impulsão da queda. Na mão esquerda uma garrafa de pinga envelhecida, com algumas folhas no sei do que no fundo e a garrafa com menos de 1/4 de líquido, sinal de que já havia manguaçado 3/4.
Cutuquei no seu ombro, ele olhou prá mim um tanto incrédulo. Eu me apresentei como sendo o Eacoelho, poeta maldito do vale do Itajai e ele, entre gago e fanho da cachaça, apontou a roda e disse:
Caramba!!! A roda gigante tombou!!!
Não entendi nada Nem vou querer que vocês entendam. Aliás, vou tentar sim entender o que se passava na cabeça do bebum.
Tentando supor a imaginação do Bebum olhando a cena e o imaginário mundo das rodas que giram em todos os sentidos, girando até o mundo imaginário do menino que brincava com a bicicleta e tudo que imaginou ao cair, imaginei mesmo foi o menino caindo, a roda da bicicleta continuando a girar e o bebum olhando a roda e ficando na dúvida se a roda é que girava ou girava o mundo ao redor da roda ou a sua cabeça é que girava ao redor do mundo que girava ao redor da roda.
Não importa, importa é que o mundo gira e nos giramos com ele, com ou sem roda, com ou sem manguaça e enquanto o mundo gira, giram as rodas, até das bicicletas, das cabeças dos manguaças e também dos sóbrios, em busca do sentido desse constante girar.
Assim como o menino caiu, a roda da vida continua girando, o menino se levantou e continuou a brincar nesse mundo que gira enquanto nós vivemos, com ou sem manguaça. Com ou sem tombos.
Percebi então, que o Bebum concluía que o mundo é uma roda gigante que carrega todas as vidas enquanto gira, do alto e feliz astral até a baixa e infeliz depressão, de forma continuada e perigosamente gostosa, para todos aqueles que vêem a vida como um parque de diversão. Onde tem até Roda Gigante e bicicletas. E mesmo lá, o mundo continua girando, assim como gira a Roda Gigante e as rodas da bicicleta que o bêbado continua olhando pasmo.
Outro dia encontrei um Bebum parado na calçada da rua do bairro da cidade onde mora, olhando boquiaberto, perplexo, para o rodado de uma bicicleta de um menino que havia caído. A bicicleta de um lado e o menino choroso do outro, mesmo não tendo sofrido um só arranhão.
O Bebum olhava à roda da bicicleta que ainda girava ao vento, com o restinho da força da impulsão da queda. Na mão esquerda uma garrafa de pinga envelhecida, com algumas folhas no sei do que no fundo e a garrafa com menos de 1/4 de líquido, sinal de que já havia manguaçado 3/4.
Cutuquei no seu ombro, ele olhou prá mim um tanto incrédulo. Eu me apresentei como sendo o Eacoelho, poeta maldito do vale do Itajai e ele, entre gago e fanho da cachaça, apontou a roda e disse:
Caramba!!! A roda gigante tombou!!!
Não entendi nada Nem vou querer que vocês entendam. Aliás, vou tentar sim entender o que se passava na cabeça do bebum.
Tentando supor a imaginação do Bebum olhando a cena e o imaginário mundo das rodas que giram em todos os sentidos, girando até o mundo imaginário do menino que brincava com a bicicleta e tudo que imaginou ao cair, imaginei mesmo foi o menino caindo, a roda da bicicleta continuando a girar e o bebum olhando a roda e ficando na dúvida se a roda é que girava ou girava o mundo ao redor da roda ou a sua cabeça é que girava ao redor do mundo que girava ao redor da roda.
Não importa, importa é que o mundo gira e nos giramos com ele, com ou sem roda, com ou sem manguaça e enquanto o mundo gira, giram as rodas, até das bicicletas, das cabeças dos manguaças e também dos sóbrios, em busca do sentido desse constante girar.
Assim como o menino caiu, a roda da vida continua girando, o menino se levantou e continuou a brincar nesse mundo que gira enquanto nós vivemos, com ou sem manguaça. Com ou sem tombos.
Percebi então, que o Bebum concluía que o mundo é uma roda gigante que carrega todas as vidas enquanto gira, do alto e feliz astral até a baixa e infeliz depressão, de forma continuada e perigosamente gostosa, para todos aqueles que vêem a vida como um parque de diversão. Onde tem até Roda Gigante e bicicletas. E mesmo lá, o mundo continua girando, assim como gira a Roda Gigante e as rodas da bicicleta que o bêbado continua olhando pasmo.