Os gatinhos fujões
Os gatinhos fujões
Há semanas uma gata decidiu parir nos fundos da minha casa, no local onde guardo os botijões de gás. Um todo preto; outro com manchas brancas no peito e nas orelhas. Lindos. O lugar é até confortável. Quando descobri, levei uns panos para servir de acolchoado. E eles foram crescendo, com o leite suplementar que lhes dava. O campo de ação deles era só o corredor e ficar trepando numa jabuticabeira.
Outro dia abri a porta do corredor para o entregador de água. Cansados de ficarem presos, os filhotes aproveitaram a oportunidade e sairam em disparada para a rua e sumiram de vista. Quando a mãe deles voltou, à noitinha, e não os encontrando, ficou desesperada. Como ela miava, num miado de dor. Isso até as altas horas da noite. Cheguei a cogitar de sair pela noite procurando os gatinhos. A procura perdura até hoje. A gata não para de lamentar na porta da casa. Até parece que ela me acusa de eu ter-me livrado dos filhos dela.
Por isso, faço um apelo. Quem estive com os gatinhos que os solte. Ou venha buscar a mãe. S. Yoshikuni