A pessoa certa (ou errada?)
Tenho refletido sobre o conceito de “A pessoa certa”.
Normalmente desenhamos alguém que queremos para nosso coração: que more perto, nível social e cultural, cor da pele, altura, peso, idade, hábitos, religião, time de futebol e tantos outros requisitos.
Logo em seguida, alguém cai de pára-quedas em nossa cabeça, indo parar direto no coração. Aí, não importa se contraria todas as qualificações desejadas. Tudo muda, o mundo vira de ponta cabeça. Da mesma forma pode ser perfeitamente ser eu a estar chutando pelos ares a lista de requisitos de alguém.
E o mais estranho, é que não sofremos por isso. Ao contrário, ficamos eufóricos, cantarolantes, o sono melhora, a pele melhora, o intestino melhora, a disposição diária se renova, o romantismo aflora, aquela gripe insistente desaparece, dizemos aos quatro cantos que estamos felizes, tratamos de apresentar a pessoa para os amigos e familiares, dizemos que finalmente encontramos a pessoa certa. Certa? Não seria a pessoa errada?
Penso o seguinte: devemos preocupar apenas com valores como ética, moral, bons costumes, probidade e mais uns poucos, nessa linha. Além disso, é pura utopia e ingenuidade. Portanto, não devemos criar expectativas. Alguém certamente vai nos surpreender, mais cedo ou mais tarde.
E digo mais: Infeliz de que nunca foi surpreendido um dia. Mas fiquemos atentos: Numa fila de banco, na rua, no ônibus, no transito, na praça, no supermercado, num site na internet... Nunca se sabe. Mas a qualquer momento poderemos ser alvejados. Direto no coração.
Essa é a riqueza e a beleza da vida!