O que aconteceria se o povo tivesse escolhido o "sim" para a proibição de armas no referendo de 2005?
Trinta e dois anos, pai de dois filhos e pedreiro em São Paulo , o baiano Sebastião Manoel da Cruz mora a três anos na capital. Órfão de pai aos dois anos de idade, carrega a mãe consigo para todos os lados. Foi pela fé transmitida por ela que aprendeu a crer no sobrenatural, nos santos, nos espíritos, e tantos outros tipos de crenças.
Sebastião acorda todos os dias às 5h da manhã e já vê sua mãe de joelhos rezando. Toma seu ralo café amargo, morde um pedaço de pão amanhecido e sai correndo para não perder o ônibus.
Naquela manhã enquanto o sol ainda não tinha nascido, Sebastião olhou o esgoto que sai dos barracos e desce o morro ao seu lado, vê as casas amontoadas e inacabadas, a boca de fumo na curva do bar, a polícia, lá em baixo no vale com medo de quem deveria estar amedrontado, e então lembra de seus filhos e da fartura que o sudeste prometia.
Nesse momento, o baiano pensou no seu Brasil, gigante, colossal, impávido e no futuro que não mais reflete o tamanho de sua grandeza. Ponderou. Correu os olhos mais uma vez pela atroz realidade e se indagou: o que será de nós daqui a dez anos? O que será de meus filhos? E dos meus sonhos? “Eu nunca pararei de lutar, mesmo que a vitória seja invisível”, grita Sebastião em meio à madrugada.
Tijolo em cima de tijolo e o pedreiro idealizava a sua pátria, sem sangue inocente, mas com luta de gente. Insatisfeito com a condição da vida o homem pára o trabalho e se dirige ao centro revelado de Mãe Dilá. Sebastião antes de bater na porta, suspira e lembra da velha que deixou em casa de joelhos a rezar. Toc, toc. Imediatamente surge uma voz: “eu já sabia que você viria”.
Crédulo, o baiano se arrepia. Dá um passo, aproxima-se da porta, gira a maçaneta e entra. A sala era escura e cheirava a erva doce, era repleta de samambaias, tapetes, quadros e castiçais. O cômodo ao lado era separado por uma cortina vermelha de renda onde era possível ver a silhueta de uma senhora gorda sentada no chão. Com uma voz roca ela convida Sebastião para entrar. Ele afasta a cortina e com os olhos ainda estalados, senta-se.
Mãe Dilá era a alegoria em pessoa. Usava um batom vermelho, um vestido brilhante, vários colares, muitas pulseiras e, como toda a “boa” profetisa, um belo turbante azul. O pedreiro, embora assustado, pergunta se há como mãe Dilá ver o futuro do Brasil; se Lula deve ficar no governo e se o povo desarmado terá segurança.
Dilá começa a acariciar sua bola de cristal, horrorizada ela grita: “mentiroso”. Sebastião abre os olhos com mais força, e começa a ouvir o relato da vidente:
“O ‘inocente' presidente, ‘vítima' de seus ministros, assessores e deputados, revela o verdadeiro vilão que sempre foi. Inescrupuloso, Lula segue os passos de um ditador e usa o desarmamento como pilastra para seu regime totalitarista.
A mídia, aliada inseparável do seu governo, se dedicou a ludibriar o povo desinformado e alienado, forçando-o a aceitar as idéias pré-determinadas pelo Estado. A grande imprensa brasileira foi fiel na imitação da propaganda política fascista de Joseph Goebbels quando repetiu cem vezes a mentira do “Sim”, até torná-la uma verdade.
Transformados em zumbis, o povo brasileiro destruiu o seu direito de reagir às algemas do totalitarismo. Sem nem mesmo perceber, o povo brasileiro jogou nos braços do Estado o monopólio da repressão. O referendo sobre a proibição do comércio de armas de fogo, nada mais foi do que um desvio de atenção ao real problema do momento: a criminalidade, a corrupção e a ineficiência política. Acabar com as armas de fogo foi mais uma solução enganosa para evitar uma questão real.
O chefe de Estado e chefe de Governo, “Fidel Lula” – como se intitulava o tiete do ditador cubano Fidel Castro - utilizou seus espetáculos de massa e dos meios de comunicação para transformar o Brasil numa Cuba verde-amarela.
Blitz nas ruas, arrastões do desarmamento, anulação da defesa armada da vida, marginalização do cidadão honesto, monopolização da segurança pessoal nas mãos do Estado, degradação do nível de vida entre outras semelhanças nítidas entre o “lulismo” e o nazismo.
Com poderes extravagantes, Lula extinguiu todos os partidos políticos - exceto o PT, é claro. Retirou o direito de greve, fechou os jornais de oposição, estabeleceu censura a imprensa, suprimiu o direto a liberdade de expressão, implantou a perseguição as religiões protestantes, instituiu a pena de morte aos rebeldes. Tudo isso, apoiado no Exército como máquina repressora: a força.
Ao contrário do progresso econômico e industrial do nazismo em 1935, o projeto totalitarista de Lula seguiu os rumos da Venezuela e de Cuba: a falência. O “lulismo” colocou o Brasil dentro de numa imensa redoma incapaz de respirar e impedido de viver”.
Se o charlatanismo de mãe Dilá se transformasse em aviso prévio, uma nação inteira estaria ciente da calamidade que um “Sim” pode fazer.