Então, que seja de palha! - BVIW
Com quantos medos se constrói um muro? Ah, você só conhece muros de tijolos, madeira e palha? Não é o medo que leva homens e mulheres a construírem muros e viverem atrás deles? Estas barreiras são construídas como defesa. Os muros construídos ao redor das nossas casas delimitam o espaço privado e representam a tentativa de nos proteger dos ladrões, dos assaltantes, da violência... E aqueles que erguemos em torno de nós mesmos? Os metafóricos, tão invisíveis quanto intransponíveis, a isolarem uma pessoa da outra, mesmo as muito próximas fisicamente? Eles também têm o medo na sua constituição. Vários medos. Medos de outra natureza, mas nem por isto menos reaais ou potentes.
Medo de se envolver, de se vincular, de se decepcionar, de se frustrar, de sofrer, da dor emocional.... Medos que dificultam e restringem os relacionamentos, a comunicação, a troca, a entrega ao amor. Que reduzem a nossa vida ao tamanho de uma caixa de fósforos. Que nos privam de usufruir o que dá sabor a qualquer existência. Sua parte mais significativa. Deste modo, infelizes, sentimos o gosto amargo da solidão, o peso do tédio da vida vazia que se arrasta dia após dia. Empobrecemos o nosso viver e não evitamos que o sofrimento, a dor ou a frustração se façam presentes; pelo contrário, apenas o amor fica de fora, pois não há amor onde há medo. E não adiantam argumentos ou justificativas.
Então, que pelo menos seja de palha o muro a ser construído. Por ser mais leve, mais fácil de derrubar e pela possibilidade de ser provisório. Por permitir entrever a vida lá fora até ganharmos segurança para removê-lo. Ele não nos isola tanto, permite que vejamos quem se aproxima e é menos hostil à aproximação alheia.
Com quantos medos se constrói um muro? Ah, você só conhece muros de tijolos, madeira e palha? Não é o medo que leva homens e mulheres a construírem muros e viverem atrás deles? Estas barreiras são construídas como defesa. Os muros construídos ao redor das nossas casas delimitam o espaço privado e representam a tentativa de nos proteger dos ladrões, dos assaltantes, da violência... E aqueles que erguemos em torno de nós mesmos? Os metafóricos, tão invisíveis quanto intransponíveis, a isolarem uma pessoa da outra, mesmo as muito próximas fisicamente? Eles também têm o medo na sua constituição. Vários medos. Medos de outra natureza, mas nem por isto menos reaais ou potentes.
Medo de se envolver, de se vincular, de se decepcionar, de se frustrar, de sofrer, da dor emocional.... Medos que dificultam e restringem os relacionamentos, a comunicação, a troca, a entrega ao amor. Que reduzem a nossa vida ao tamanho de uma caixa de fósforos. Que nos privam de usufruir o que dá sabor a qualquer existência. Sua parte mais significativa. Deste modo, infelizes, sentimos o gosto amargo da solidão, o peso do tédio da vida vazia que se arrasta dia após dia. Empobrecemos o nosso viver e não evitamos que o sofrimento, a dor ou a frustração se façam presentes; pelo contrário, apenas o amor fica de fora, pois não há amor onde há medo. E não adiantam argumentos ou justificativas.
Então, que pelo menos seja de palha o muro a ser construído. Por ser mais leve, mais fácil de derrubar e pela possibilidade de ser provisório. Por permitir entrever a vida lá fora até ganharmos segurança para removê-lo. Ele não nos isola tanto, permite que vejamos quem se aproxima e é menos hostil à aproximação alheia.