Palhas de Incertezas (BVIW)
Do calor dos sorrisos e promessas de amor, agora nos resta um sol frio de incertezas. Voltamos ao ponto inicial do nó que nos prende. Andamos em círculos e perdemos o senso. Unidos nesse entrelaço. Quem estamos enganando se não somos um para o outro.
Pra melhor ou pior ainda estamos presos nesse ninho de marras. Sei a onde, ir mas não como chegar lá. Me pergunto se sigo com ou sem você.
Essa casa de cartas, esse castelo de ar, as paredes de palha são sonhos frágeis varridos pelo vento, e isso é tudo que temos. Então voltamos ao ponto em que tudo começou.
O que mais podemos fazer se com esse muro de Berlim construído em palha do que um dia ardia em paixão, agora é a fronteira que nos separa. Seguimos em cordas de medos e enganos, presos ao laço que duvidas que nos une. Vejo a palha queimar em ilusões, alimentando o círculo de conveniências que nos mantem juntos. A quem estamos enganando?
Se tudo que nos restas são fundamentos em gesso de um passado, e tudo o que construímos ou destruímos nos torna iguais, mas não um, como admitir que acabou, se continuamos a construir palhas de incertezas juntos a cada segundo.