A Cinematográfica Queda Americana
Dizem que o Império Americano está caindo. Eu pergunto: em cima de quem? E caindo do quê? No entanto, as perguntas não cessam. Ninguém vai perguntar ao milho que estourou por que virou uma pipoca ou por que não virou. Ou o milho vira ou não vira pipoca. Essa é a natureza do milho. No entanto, o mesmo não ocorre quando se trata de pessoas, ou na aglomeração que as mesmas formam voluntária ou involuntariamente, como as empresas, associações, nações ou impérios. Tem sempre alguém perguntando por quê: essa é a natureza do homem.
Existe uma grande torcida a favor da queda americana. E existe os que torcem para que tudo continue como está. Dir-se-ia, traçando um olhar nu, que ¨os de fora¨ torcem e os ¨de dentro¨ do Império tentam segurá-lo. E novas perguntas brotam: quem são ¨os de fora¨ e quem são ¨os de dentro¨?
Poderia dizer que ¨os de fora¨ são todos aqueles que se sentem prejudicados, ou que acham que o Império causou à humanidade tantos e tão vastos prejuízos que sua derrocada representaria o surgimento de um novo mundo, aliás, disso ninguém duvida. Resta saber se esse novo mundo seria melhor e fundado em quê? Com a saída do Império do centro da arena, quem ocuparia o seu lugar? Ou o seu lugar ficaria vago como o picadeiro de um circo que se abandonou?
Podemos considerar que ¨os de dentro¨ sejam todos os que são beneficiados pelo Império ou que dele obtém o seu sustento, a sua riqueza e prosperidade. Embora a dicotomia possa se resumir em ¨a favor¨ ou ¨contra¨, o que me pergunto é se realmente o Império está caindo ou se os bárbaros é que estão subindo?
Notadamente o mundo tem-se tornado mais rico e a fatura dos ¨pobres¨ no bolo tem aumentado – o Brasil está na conta. Não se pode negar que a aldeia global se tornou uma realidade. Os computadores e as redes sociais estão em toda a parte aproximando gente, idéias e ideais. O mundo ficou pequeno enquanto crescia e a economia se expandiu para todos os lados.
Quando Roma caiu não houve dúvidas: prédios queimando, povo fugindo, pesadas passadas invasoras destruindo e pisoteando e arrebentando com tudo. Essa é a visão clássica, final, cinematográfica e aterradora. Roma não se fez em um dia e caiu em outro. Houve todo um processo e assim foi e aconteceu com todos os outros Impérios e suas hegemonias.
Os que agora defendem a opinião da queda citam as guerras não vencidas do Afeganistão, do Iraque e a possível onda contra a Coréia do Norte como um terceiro embate a minar as finanças. Ainda falam da Grande Recessão de 2008. Existe um processo por trás de toda a queda, mas o Império ainda possui mísseis, e poder econômico e uma solidez institucional que indica que o fim, caso chegue, demorará a abatê-los de vez. Além disso, quem assistiu ao filme ¨Senhor das Armas¨ sabe o quanto uma guerra pode fazer bem aos cofres dos poderosos. Enquanto houver alguém lucrando a cada bala vendida, duvido que o mundo americano acabe. Os interesses hoje são tão entranhados que se confundem como as cores do arco-íris: parecem distintas, mas são variações do branco e, no caso, o branco se une ao vermelho-azul daquela bandeira.
O que acontece no mundo é que novos ¨players¨ aderiram ao jogo, e com força. O Império foi abalado? Sem dúvida. Abalou-se? Perguntemos ao povo americano se sentem fracos e desprestigiados. Assim como o poder que sustenta uma moeda está na crença em sua força, caso tomemos o dólar por medida básica, veremos um enfraquecimento. Porém, o dólar ainda é verde e ninguém ainda o recusa nas rodas internacionais de negócio. O império americano cairá quando o povo que o constitui crer que o fim chegou. E o fim está sempre próximo, conforme a referência que se adote...
Dizem que o Império Americano está caindo. Eu pergunto: em cima de quem? E caindo do quê? No entanto, as perguntas não cessam. Ninguém vai perguntar ao milho que estourou por que virou uma pipoca ou por que não virou. Ou o milho vira ou não vira pipoca. Essa é a natureza do milho. No entanto, o mesmo não ocorre quando se trata de pessoas, ou na aglomeração que as mesmas formam voluntária ou involuntariamente, como as empresas, associações, nações ou impérios. Tem sempre alguém perguntando por quê: essa é a natureza do homem.
Existe uma grande torcida a favor da queda americana. E existe os que torcem para que tudo continue como está. Dir-se-ia, traçando um olhar nu, que ¨os de fora¨ torcem e os ¨de dentro¨ do Império tentam segurá-lo. E novas perguntas brotam: quem são ¨os de fora¨ e quem são ¨os de dentro¨?
Poderia dizer que ¨os de fora¨ são todos aqueles que se sentem prejudicados, ou que acham que o Império causou à humanidade tantos e tão vastos prejuízos que sua derrocada representaria o surgimento de um novo mundo, aliás, disso ninguém duvida. Resta saber se esse novo mundo seria melhor e fundado em quê? Com a saída do Império do centro da arena, quem ocuparia o seu lugar? Ou o seu lugar ficaria vago como o picadeiro de um circo que se abandonou?
Podemos considerar que ¨os de dentro¨ sejam todos os que são beneficiados pelo Império ou que dele obtém o seu sustento, a sua riqueza e prosperidade. Embora a dicotomia possa se resumir em ¨a favor¨ ou ¨contra¨, o que me pergunto é se realmente o Império está caindo ou se os bárbaros é que estão subindo?
Notadamente o mundo tem-se tornado mais rico e a fatura dos ¨pobres¨ no bolo tem aumentado – o Brasil está na conta. Não se pode negar que a aldeia global se tornou uma realidade. Os computadores e as redes sociais estão em toda a parte aproximando gente, idéias e ideais. O mundo ficou pequeno enquanto crescia e a economia se expandiu para todos os lados.
Quando Roma caiu não houve dúvidas: prédios queimando, povo fugindo, pesadas passadas invasoras destruindo e pisoteando e arrebentando com tudo. Essa é a visão clássica, final, cinematográfica e aterradora. Roma não se fez em um dia e caiu em outro. Houve todo um processo e assim foi e aconteceu com todos os outros Impérios e suas hegemonias.
Os que agora defendem a opinião da queda citam as guerras não vencidas do Afeganistão, do Iraque e a possível onda contra a Coréia do Norte como um terceiro embate a minar as finanças. Ainda falam da Grande Recessão de 2008. Existe um processo por trás de toda a queda, mas o Império ainda possui mísseis, e poder econômico e uma solidez institucional que indica que o fim, caso chegue, demorará a abatê-los de vez. Além disso, quem assistiu ao filme ¨Senhor das Armas¨ sabe o quanto uma guerra pode fazer bem aos cofres dos poderosos. Enquanto houver alguém lucrando a cada bala vendida, duvido que o mundo americano acabe. Os interesses hoje são tão entranhados que se confundem como as cores do arco-íris: parecem distintas, mas são variações do branco e, no caso, o branco se une ao vermelho-azul daquela bandeira.
O que acontece no mundo é que novos ¨players¨ aderiram ao jogo, e com força. O Império foi abalado? Sem dúvida. Abalou-se? Perguntemos ao povo americano se sentem fracos e desprestigiados. Assim como o poder que sustenta uma moeda está na crença em sua força, caso tomemos o dólar por medida básica, veremos um enfraquecimento. Porém, o dólar ainda é verde e ninguém ainda o recusa nas rodas internacionais de negócio. O império americano cairá quando o povo que o constitui crer que o fim chegou. E o fim está sempre próximo, conforme a referência que se adote...