NEM TODOS SÃO DELICADOS
Essa crônica é para você que me ama todos os dias sem me ver. Você que ama as letras que pertencem ao dicionário de todos. Junto ao dicionário o acesso a rápida informação na internet, nas manchetes ou no ipad. Quanto nos falta para alcançar o coração de cada um? Quanto nos falta para adquirir um novo equipamento blindado ou não?
Essa é a parte das letras que cada um oferece de um modo mais distinto, vamos assim, dizer. Portanto, eu pergunto: Já recebeu o meu amor de hoje? Ele começou mais cedo. Ele começou ainda ontem enquanto chovia antes da nova madrugada. Pensava em todos vocês que adoram a escrita enquanto ouvia no telhado a assanhada chuva. Caía tão despudoradamente linda e ingênua, que só podia mesmo ser coisa de chuva, pensei.
Pensei em nossa capacidade de transformar palavras em ouro, mas não de transformar ouro em palavras. Já parou para pensar que ouro somos todos nós? Estamos agindo de acordo com o que somos? Cuidamos do ouro e sabemos ofertá-lo ao outro em sua pura forma? Ou será que ofertamos alguma parte que desejamos é nos livrar por mau zelo ou frágil educação?
Você deve estar pensando: Este texto estava bom demais para ser verdade. E então agora eu quem penso: Toquei no seu ouro gasto e arredio! Outros pensarão: Nem todo mundo é delicado com as palavras. Sobrarão muitos sorrisos cultos pensando em como copiar a idéia principal desta crônica e dar a ela uma nova roupa para que não pareça que foi tirada daqui enquanto eu prossigo confiante que sempre estarei escrevendo coisas novas para te ver.
Como digo isso com tanta certeza? Com o meu amor que te ama sem dizer, sem bater, sem matar, sem roubar, sem afligir...Mas também não te deixa partir sem me levar um pouco junto ao seu ouro, Já que vive no meu...delicado ou não, mas forte amante da sua melhor parte.