Quem se importa com os pombos?

Rio de Janeiro,dia 28 de novembro, 8:00 da manhã de domingo, começa a invasão da polícia militar,da civil, do exército,da aeronáutica por todos os lados: pelo ar helicópteros, por terra, com seus poderosos carros de guerra blindados tomando o Morro do alemão, O céu é tomado por sons e brilhos de balas no ar, a cada estrondo , uma revoada de pombos inocentes sem rumo, sem sossego.

Naquela agonia, baixam, revoam, baixam revoam a cada barulho de tiroteio, eles serviam de cenário, contrastando com aquela guerra de traficantes necessária, subiam deciam como cortinas cinzentas ao vento. Nem tempo havia de respirar e nem soltar as suas “cuspidas” rotineiras. O que fazer? Ninguém se importava para isso. Todos ali focam mesmo era o perigo e o objetivo maior, prender a bandidagem do narcotráfico.

Pura ironia, justo os pombos símbolo da paz, para o cristão o símbolo do Espírito Santo. Estavam lá sem entender aquele fuzuê todo, num contraste queriam fugir,que nem os traficantes.Os bandidos são culpados, eles não. Mas para onde? Que rumo seguir?

Nem ao menos tinham a quem recorrer, Eram um zero á esquerda, nem citados, nem percebidos pela equipe de tv ao vivo.

Fugir para a floresta, nem tinha como, já era o habitat dos pássaros. Que situação! Os jeitos dos pombos eram ficar naquele sobe e desce sem saber até quando. Sem opção ficariam ali.a mercê do destino. Quem sabe uma hora seriam reconhecidos e citados como símbolo da paz e da proteção na figura do Espírito Santo de Deus, não somente as bandeiras, nacional e a do Estado, fincadas lá no alto do Morro.

Graças á Deus e a equipe de segurança, a paz voltou ao Morro, não se sabe até quando, pelo menos os tiros que assustaram os pombos, cessaram, eles puderam descer, comer e fazer suas necessidades fisiológicas.sossegados, pois agora o foco será outro, buscar , apreender todo material do tráfico e capturar os bandidos fugitivos...Quem sabe a cidade maravilhosa agora possa respirar tranqüila , a liberdade tão sonhada pela sua população.

Dora Duarte

Dora Duarte
Enviado por Dora Duarte em 29/11/2010
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