SEXO E DOCE DE LEITE COM QUEIJO
Ouvi essa estória quando era adolescente ainda, posso assegurar que quem me contou não era de mentir. Trata-se de um “causo” de um “vendeiro” que tinha seu comércio na esquina da rua onde eu morava. Manoel era esse seu nome, um português de nascimento, fanático por futebol. Assistiu a copa da Suécia e viu com os próprios olhos a brilhante vitória do Brasil naqueles campos europeus. Nunca casou, porém era um tio dedicado e amigo de todos no bairro.Conta as más línguas que Mané chegou aos 30 anos sem nunca ter tido um contato mais íntimo com uma mulher. Naquele tempo, o sexo era muito complicado. As moças de modo geral casavam-se virgens e aquelas que transavam antes do casamento eram discriminadas pela sociedade. Infelizmente, por serem abandonadas pela família, muitas iam parar na zona do meretrício. Estranhamente, esse vil comércio era exercido em uma rua central de minha cidade, conhecida como S. Miguel.
Os rapazes perdiam a virgindade levados pela mão dos amigos e irmãos mais velhos. Cuja virilidade e a própria masculinidade eram confirmadas após uma noite de amor, ou mesmo depois de alguns minutos passados naqueles prostíbulos. O fato é que Mané “passou batido” por essa iniciação, até aquela data. Curiosamente, seu Bar era o local onde a rapaziada do bairro, se reunia antes de dirigir-se para as noitadas de orgia. Numa destas reuniões, o problema do português foi levantado e discutido pela moçada. A decisão foi unânime, ele deveria conhecer as maravilhas do sexo o mais rápido possível.
O convite foi feito, mas ele não se mostrou muito interessado, dizendo que seus afazeres no bar tomavam muito tempo. A única concessão que fazia era assistir os jogos de futebol, de vez em quando. Um dos rapazes disse então: -Mané, você não sabe o que está perdendo, sexo é a melhor coisa do mundo. Com seu sotaque lusitano, retrucou:-bom, mas que tanto? O rapaz respondeu: -imagine uma coisa que você goste muito. Mané disse: -a coisa que mais gosto no mundo, tirando Nossa senhora de FÁTIMA e o glorioso Vasco da Gama, era sem sombra de dúvida, DOCE DE LEITE COM QUEIJO. Pois é, português, afirmou com convicção seu interlocutor: -SEXO é muito melhor do que isso.
Como era vidrado nessa iguaria mineira, convencido pela convicção das palavras do amigo, Mané prontificou-se a ir com os amigos para desfrutar de tão especial iguaria. Marcaram para uma noite de sábado. Durante a semana, um dos rapazes combinou com uma das mulheres da zona, sobre o referido evento, deixando de prontidão uma das mulheres mais experientes na prática sexual, para que nada desse errado. Na hora e dia aprazado estava todos lá, para assistir á consumação de tão esperado ato. Mané chegou bem cedo ao recinto. Cabelos bem penteados e sapatos engraxados com “Nugett” preta. Camisa “volta ao mundo” de cor branca e “calças rancheiras”, para combinar.
O lugar do referido encontro era típico. Luz vermelha e paredes desenhadas com mulheres seminuas. Mané suando frio entrou na casa, sendo imediatamente apresentado por um dos rapazes a uma das mulheres. Era uma moça com mais de 35 anos, loura, usando uma roupa extravagante e pintura exagerada. Posteriormente, foi conduzido por ela, para dentro de um os cômodos daquela casa exótica. Na sala, a turma aguardava o retorno do amigo. As outras mulheres sentadas do outro lado do ambiente olhavam maliciosamente para os rapazes...! Depois de algum tempo, o português com cara de aliviado, saiu do recinto. De repente, a pergunta surgiu inevitável: - e aí Mané gostou? -Gostei muito, mas o “negócio” não é melhor do que DOCE DE LEITE COM QUEIJO, de jeito nenhum!”