RIO - UMA GUERRA URBANO E CULTURAL
Vale pensar nessa questão por que passa o RJ. Não somente de forma piegas, imediatista, olhando o que está ocorrendo neste instante e sim entendendo porque se chegou a isso.
A guerra urbana que se desenrola no RJ, tem origens muito além do tráfego de drogas. Tem origens culturais, sociais, culturais e conseqüência ainda da mudança da capital do RJ para Brasília.
A violência do RJ, o “crime organizado” que vive em função da droga, não e privilégio específico do Rio. É coisa comum em todos os grandes centros urbanos. Em São Paulo, em Belo Horizonte, em Porto Alegre, em Recife e mesmo em outras cidades não capitais mais de pólo regional, a exemplo de Canoas e Caxias no RS, de Joinville, em SC, de Londrina no PR (em se falando do Sul) e de outras tantas cidades pólos urbanos.
Mas no Rio, a questão das mazelas urbanas é bem mais acentuada. Primeiro porque a corrida imigratória é grande em função das benesses naturais do Rio. Quem não gostaria de morar no Rio, com toda a natureza abusada e exuberante, o clima, a qualidade de vida em termos de lazer?
Temos ainda outro aspecto, que é o geográfico. O Rio está fincado na encosta da serra do mar que se debruça no mar e, portanto, com terreno absolutamente acidentado e por isso toda sua beleza natural, quase escultural, moldurada com todo carinho pelas mãos divinas. Esse relevo, somada a concentração demográfica nos pequenos espaços deslumbrantes, é um ninho de prazer, mas também um ninho aconchegante para as serpentes do mau.
E o mais e ainda pior de tudo e donde vem as conseqüências maiores dessa situação, são as heranças deixadas pelos maus hábitos dos habitantes dos palácios. Primeiro os amigos do Rei, depois continuada pelos amigos da republica. Sabemos que a casa do Rei (diga-se do poder) é um covil de ratos que mamam incessantemente, com estômagos gulosos e infinitos. E o Rio, sendo capital por tantas e tantas décadas, criou hábitos e raízes fincadas nas benesses do poder, assim como é hoje Brasília.
Um hábito vai se transformando em cultura. Hábito se muda em pouco tempo. Alterar uma cultura, é coisa para muitas décadas. O Rio, ficou com a cultura das benesses da vivência ao redor do poder, cheio de ganhos fáceis, das falcatruas e até mesmos das tantas aposentadorias, pensões de toda ordem, repassadas por herança para viúvas, para filhas solteiras, filhos deficientes e toda ordem de conchavos.
E essas coisas vão se esvaindo, mais lenta que deveriam, mas vão se acabando aos poucos e com isso criando mais e mais problemas. Mais e mais necessidades de busca por ganhos igualmente fáceis e tudo encalacrado na cultura Carioca do bem viver.
E se a guerra se instala, todos se assustam e buscam culpas no hoje, quando é tudo conseqüência do antes de ontem. Se a guerra urbana se instala, temos que entender que ela está instalada porque o governo local reagiu e temos que considerar que muito tardiamente. Temos que entender a aceitar que não tem como fazer omelete sem que se quebrem os ovos. Que não existe parto sem dor.
A violência extrema e o domínio urbano pelos traficantes devem reduzir a níveis toleráveis, após essa forte intervenção do governo, que esperemos não recue cedo, mas as efetivas mazelas das heranças deixadas pelos palácios e suas benesses passou a ser não apenas um hábito momentâneo, mas uma cultura e isso demora ainda um bom bocado para ser encaminhada para o destino do bem. Os órfãos do poder não se reeducam tão facilmente a trabalhar para comer.
E com certeza, inevitavelmente, vai se transferindo para Brasília. Lá, prevê a história, que será para sempre e com isso não deixará órfãos revoltados e mal acostumados como temos no Rio.
Vale pensar nessa questão por que passa o RJ. Não somente de forma piegas, imediatista, olhando o que está ocorrendo neste instante e sim entendendo porque se chegou a isso.
A guerra urbana que se desenrola no RJ, tem origens muito além do tráfego de drogas. Tem origens culturais, sociais, culturais e conseqüência ainda da mudança da capital do RJ para Brasília.
A violência do RJ, o “crime organizado” que vive em função da droga, não e privilégio específico do Rio. É coisa comum em todos os grandes centros urbanos. Em São Paulo, em Belo Horizonte, em Porto Alegre, em Recife e mesmo em outras cidades não capitais mais de pólo regional, a exemplo de Canoas e Caxias no RS, de Joinville, em SC, de Londrina no PR (em se falando do Sul) e de outras tantas cidades pólos urbanos.
Mas no Rio, a questão das mazelas urbanas é bem mais acentuada. Primeiro porque a corrida imigratória é grande em função das benesses naturais do Rio. Quem não gostaria de morar no Rio, com toda a natureza abusada e exuberante, o clima, a qualidade de vida em termos de lazer?
Temos ainda outro aspecto, que é o geográfico. O Rio está fincado na encosta da serra do mar que se debruça no mar e, portanto, com terreno absolutamente acidentado e por isso toda sua beleza natural, quase escultural, moldurada com todo carinho pelas mãos divinas. Esse relevo, somada a concentração demográfica nos pequenos espaços deslumbrantes, é um ninho de prazer, mas também um ninho aconchegante para as serpentes do mau.
E o mais e ainda pior de tudo e donde vem as conseqüências maiores dessa situação, são as heranças deixadas pelos maus hábitos dos habitantes dos palácios. Primeiro os amigos do Rei, depois continuada pelos amigos da republica. Sabemos que a casa do Rei (diga-se do poder) é um covil de ratos que mamam incessantemente, com estômagos gulosos e infinitos. E o Rio, sendo capital por tantas e tantas décadas, criou hábitos e raízes fincadas nas benesses do poder, assim como é hoje Brasília.
Um hábito vai se transformando em cultura. Hábito se muda em pouco tempo. Alterar uma cultura, é coisa para muitas décadas. O Rio, ficou com a cultura das benesses da vivência ao redor do poder, cheio de ganhos fáceis, das falcatruas e até mesmos das tantas aposentadorias, pensões de toda ordem, repassadas por herança para viúvas, para filhas solteiras, filhos deficientes e toda ordem de conchavos.
E essas coisas vão se esvaindo, mais lenta que deveriam, mas vão se acabando aos poucos e com isso criando mais e mais problemas. Mais e mais necessidades de busca por ganhos igualmente fáceis e tudo encalacrado na cultura Carioca do bem viver.
E se a guerra se instala, todos se assustam e buscam culpas no hoje, quando é tudo conseqüência do antes de ontem. Se a guerra urbana se instala, temos que entender que ela está instalada porque o governo local reagiu e temos que considerar que muito tardiamente. Temos que entender a aceitar que não tem como fazer omelete sem que se quebrem os ovos. Que não existe parto sem dor.
A violência extrema e o domínio urbano pelos traficantes devem reduzir a níveis toleráveis, após essa forte intervenção do governo, que esperemos não recue cedo, mas as efetivas mazelas das heranças deixadas pelos palácios e suas benesses passou a ser não apenas um hábito momentâneo, mas uma cultura e isso demora ainda um bom bocado para ser encaminhada para o destino do bem. Os órfãos do poder não se reeducam tão facilmente a trabalhar para comer.
E com certeza, inevitavelmente, vai se transferindo para Brasília. Lá, prevê a história, que será para sempre e com isso não deixará órfãos revoltados e mal acostumados como temos no Rio.