LEMBRANÇAS
Aqui estou eu.
Sentado à minha mesa.
Só, com meus pensamentos.
Um emaranhado de caminhos sinuosos
Onde a lembrança do passado
Vem torturar a minha mente.
No silêncio escuro do meu quarto
Só uma vitrola chorosa numa melodia de Bach
Corta este silêncio como lâminas afiadas,
E vem machucar ainda mais este ser esquecido.
A lúz tênue da rua
Atravessando a janela parece
Trazer a sua imagem.
Bailas sob o balançar das coprtinas
Entrecerradas que parecem serem suas vestes
Diáfanas, vestindo este corpo de Fada.
O perfume que exala de ti ainda está no ar.
O tempo parou..., nem o tic tac
Do relógio já se escuta.
Mergulho nas profundezas da minha
Solidão e tento arrancar-te de mim.
Mas, tuas raízes estão profundamente
Entrelaçadas no meu íntimo e só
me resta a lembrança viva de um
Passado que ficou parado no tempo.
Hoje é o seu dia. "Parabéns".