LEMBRANÇAS

Aqui estou eu.

Sentado à minha mesa.

Só, com meus pensamentos.

Um emaranhado de caminhos sinuosos

Onde a lembrança do passado

Vem torturar a minha mente.

No silêncio escuro do meu quarto

Só uma vitrola chorosa numa melodia de Bach

Corta este silêncio como lâminas afiadas,

E vem machucar ainda mais este ser esquecido.

A lúz tênue da rua

Atravessando a janela parece

Trazer a sua imagem.

Bailas sob o balançar das coprtinas

Entrecerradas que parecem serem suas vestes

Diáfanas, vestindo este corpo de Fada.

O perfume que exala de ti ainda está no ar.

O tempo parou..., nem o tic tac

Do relógio já se escuta.

Mergulho nas profundezas da minha

Solidão e tento arrancar-te de mim.

Mas, tuas raízes estão profundamente

Entrelaçadas no meu íntimo e só

me resta a lembrança viva de um

Passado que ficou parado no tempo.

Hoje é o seu dia. "Parabéns".

Ademar de Paula
Enviado por Ademar de Paula em 26/11/2010
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