Sem contar com a propaganda gratuita que a Rede Globo fez para os filmes Tropa de Elite, levando inclusive produtores para programas emergenciais ao vivo e a cores, quando defenderam até mesmo a lei dos direitos autorais, penso que o trabalho da polícia foi deveras eficiente nesses dias de verdadeira guerra contra delinquentes. Está aí um vasto material que servirá de matéria-prima para as próximas películas da espécie.

            Sobre direitos autorais, a meu pensar, creio que em havendo preços acessíveis das produções cinematográficas o povo preferiria, com certeza, adquirir os produtos originais, pois proporcionam melhor imagem e som, e além do mais não causam qualquer prejuízo aos aparelhos de reprodução.

            Outra coisa que me parece clara, a meu entender, é que não se pode cominar de crime uma simples cópia tirada por um usuário da internet, para uso próprio, pois assim seria muito mais prático proibir que fossem fabricados os aparelhos eletro-eletrônicos que dispõem desses dispositivos e programas de fácil captação.

            Mas do que desejamos falar, aqui, é sobre os graves perigos que nos esperam na hipótese de serem realmente mantidas pela FIFA e Comitê Olímpico Internacional as competições mundiais que estão previstas para o Brasil, em 2014 e 2016. Por absoluta falta de garantias de segurança tanto dos nossos patrícios como de milhares de turistas, autoridades e jornalistas que adoram e cobrem os esportes, seria de bom proveito e de muita conveniência que o Brasil abdicasse desses eventos, enquanto ainda existe tempo para se escolher um substituto.

            Não é pelo atual e eficiente trabalho da polícia e das forças de segurança, que demoraram muito a tomar medidas mais enérgicas no sentido de tentar erradicar a criminalidade, cujo suporte é o narcotráfico (meio de vida que é escolhido à falta de opções de emprego e renda para os brasileiros), que se poderá dizer que os perigos inexistem; que as competições seriam realizadas sem percalços, e outros acontecimentos capazes de denegrir, ainda mais, a imagem brasileira no concerto das nações. Não há garantias para os nossos visitantes...

Dessas operações de guerra posso entender, são apenas um começo vitorioso do bem sobre o mal. Não devem ficar por aí as investidas policiais, têm de continuar, indo ao encontro desses marginais onde quer que estejam não importa que em locais de difícil acesso. Quando tive a honra de servir ao glorioso Exercito Brasileiro, havia uma máxima que dizia: “Soldado é superior ao tempo”. Isso enchia de brio toda a tropa de então. Não entendo o porquê de garantirmos a paz no Haiti e sermos incapazes de controlar o nosso próprio território.

Agora volta à tona, depois de tanto tempo, a desculpa de que a polícia é mal remunerada, mas é aí que repousa justamente um dos graves problemas, pois arriscar a vida sem a contrapartida para o sustento próprio e da família não é nada convidativo. Outra coisa palpável é a incursão de menores nas hostes e nos colégios militares, e até de adultos em faculdades jurídicas, onde ganham conhecimentos teóricos e prática no manejo de armamentos os mais modernos. Pois bem, quando dão baixa das corporações, à falta de empregos ficam a mercê dos bandidos, que oferecem boas recompensas pelos seus trabalhos, e aí é o mesmo que colocar “raposa em galinheiro”... Não sobra uma sequer.

Não me admira a proposta de lei que algum aventureiro de última hora vai dar entrada no Congresso Nacional, reajustando urgentemente os vencimentos da classe policial, civil e militar, como se isso pudesse resolver os graves e crassos conflitos que manipulam a vida desses soldados. Existem outras necessidades, como moradia, saúde, educação para titulares e familiares, transporte e até mesmo segurança, pois se um delinquente encontra um policial na rua, mesmo sem farda, mata-o na mesma hora.

Ainda tem aquele negócio de a polícia prender e a justiça soltar por pouco mais ou nada, em nome dos direitos humanos, assim como que abrindo caminho para punir os inocentes e suas famílias em benefício do crime e de seus protagonistas. Na impunidade vive o mundo da criminalidade, num país rico, cujas reservas excedem a duzentos bilhões de dólares, carente de penitenciárias regulares e de segurança máxima. Não se venha aqui politizar o problema, dizendo que o Fernando Henrique Cardoso e o Lula são os únicos culpados, como vi e ouvi num programa de TV GLOBO NEWS.

O negócio é que construir depósitos luxuosos de presos, como pregam alguns cientistas políticos, não resulta em votos, não aparece à opinião pública como um viaduto, um metrô e até um trem bala. As celas devem ser, segundo entendo, parecidas ou um pouco melhores do que as dependências que os bandidos dispõem em suas residências no dia a dia. Não se pode tratar a bandidagem com pão-de-ló, também nada de torturas, porque isso é humanamente contrário ao direito e à Constituição.

Agora, aqui pra nós permitir que bandidos comandem os seus subalternos de dentro das penitenciárias até mesmo de segurança máxima (?) é uma vergonha para esta nação, e conter essa anomalia é muito fácil, bastando evitar que policiais do lado do mal facilitem a entrada de aparelhos celulares nas cadeias, e até mesmo indisponibilizando o serviço nos arredores.

Não é hora de o governador Sérgio Cabral assumir o microfone, ao lado do ministro da defesa, doutor Nelson Jobim, mal escolhido a meu pensar (deveria ser um militar) e elogiar o seu próprio governo, que já dura quatro anos, e apenas tratou de maneira modesta esse problema, até mesmo porque os habitantes dos morros eram votos certos a sua reeleição. Também elogiar a doutora Dilma e o nosso presidente Lula me parece intempestivo. Claro que levou alguns melhoramentos àquelas comunidades, mas o volume de recursos postos a sua disposição superou em muito o de outros Estados também necessitados.

O dinheiro a ser gasto e jogado fora em construções faraônicas poderia cobrir todo o déficit da segurança do país e então nos inscreveríamos para patrocinar tais competições em momentos oportunos, presentes o nosso direito à segurança ao menos dentro do nosso país.

Que se preparem os nossos entes federativos para o verdadeiro êxodo que ocorrerá por todo o Brasil com os problemas respectivos, até porque desestruturados inclusive para enfrentar ondas de violência localizadas em suas bases, quanto mais momentos de guerra que o país atravessa.

Volto à tona com o que publiquei no meu blog há pouco tempo, quando falei claramente que como a segurança é direito do povo e dever do Estado, como nação, toda a polícia deveria ser federal, esta que impõe respeito do cidadão e não é comandada por políticos e governadores de Estado. Mudar-se-ia a forma de admitir pessoal, exigindo-se escolaridade mínima a partir de agora.

Fazer disso palanque eleitoral é demasiadamente condenável...

Tenho dito.

Em revisão.

Atualizando: São 02:58 horas do dia 28.11.2010. Pois bem, estou esperando que se cumpra a promessa das autoridades no sentido de subir o morro do Alemão e retirar à força os meliantes que lá estão instalados e com bom armamento. Meu pai sempre dizia na educação dos filhos: Se prometer castigar, cumpra, porque senão os garotos continuarão a desobedecer. De nada adianta a polícia ficar dizendo que tem maior condição do que os bandidos. Penso que isso está sendo mais um aviso, mais um tempo para que eles fujam da favela pelos mais diferentes meios, quer se fantasiando de gente boa, ou mesmo de doentes, e quem sabe não existam túneis especiais para isso!!! Galo que muito canta não briga nada. EStão ludibriando a polícia. A melhor tática seria desocupar a favela, colocar as pessoas do bem em um local garantido (barracas de campanha e aquelas especiais) e uma vez livre dessas pessoas fazer o que prometeram e não saair desmoralizados.



Interações:

27/11/2010 11h57min - Doroni Hilgenberg, bela interação:

Antonio, reflexivo seu texto. Concordo com você e penso que as cadeias devem ser simples e prestativas e os presos devem ter ocupações, pois só assim poderão encontrar sua capacidade de recuperação, além de deixarem de ser um peso morto em nossas costas. É impossível que continuem comandando o trafico e o crime, mesmo presos e dando tantos prejuízos aos cofres públicos. É um circo e um absurdo que sai caro demais, cada vez que precisam transferir um preso de um lugar para outro, e mesmo assim, com a ajuda de autoridades complacentes, familiares ou advogados corruptos eles acham um jeito de agir. É preciso encontrar formas de coibir a impunidade de um modo geral, pois " A impunidade é o pai de todos os males, e a leniência é a mãe de todas as mazelas" Bjs

Para o texto: CRÔNICA – Vamos desistir da Copa e das Olimpíadas!!! (T2638270)