Conversinhas sociais

Durante nossa vida vamos observando como as outras pessoas se comportam e procuramos nos encaixar dentro de nossa sociedade.

Tive uma colega de trabalho que era descendente de japoneses e no início do dia nos cumprimentava com um inclinar de cabeça à moda oriental. Notei que a maioria fazia o mesmo em resposta. Era um reflexo do comportamento dela e um tipo de aceitação. Havia os espalhafatosos que chegavam acenando de longe e gritando bom dia e pelo menos alguns respondiam de forma assemelhada.

Quando estamos numa festinha é normal mantermos aquelas conversinhas amenas que não mudam o futuro do país, mas mantêm os sorrisos leves nos lábios de todos. Devemos agir como tal, até por costume.

Os compêndios sobre convivência com cachorros trazem, infalivelmente, um parágrafo em que nos orienta a conversar com nossos amigos de estimação para que eles se sintam fazendo parte da vida do dono. Ótimo ensinamento, pois faz com que o dono não se sinta só e não receba resposta desagradável. Sempre conversei com as minhas. Uma delas se fazia de entendida me olhando o tempo todo. A outra dava uns pulinho como quem diz que já sabia de tudo aquilo e eu não precisava falar mais.

Hoje acho que presenciei uma conversa dessas que deve ser o diploma em matéria de conversa entre uma senhora e seu cachorro: - “Bady, chega de “enrolação”! Eu te trouxe para a rua para fazer cocô! Se concentra nisso!”

Ana Toledo
Enviado por Ana Toledo em 26/11/2010
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