O Espelho visto de forma analítica
Existe um ditado que lemos assim:
“Quando apontamos Um dedo para o outro, QUATRO dedos apontam para nós”
Vou modificar. Prefiro assim:
“Quando apontamos Um dedo para o outro, TRÊS são apontados para nós e um sai pela tangente.
Em psicologia, existe um termo chamado: Projeção que significa atribuir ao outro aquilo que queremos que ele tenha tanto em qualidades que não possuimos, como os defeitos que temos e não conseguimos suportar. Tipo: “Carrega a cruz que ela é sua” ou “carrega que a mala é sua”. Para melhor entendimento é como jogar uma cruz ou uma bagagem pesada no ombro do outro e dizer carrega que é sua.
Muitas pessoas sem perceber, passam o tempo todo projetando seus sonhos e pesadelos, Nas costas de pessoas inocentes. É o pai que deseja que o filho seja o advogado que ele não foi; a mãe que deseja que a filha seja á médica que ela não conseguiu ser; o namorado ou marido que deseja mudar sua amada pra que ela se encaixe perfeitamente em sua vida, para ser do jeito que idealizou. Espera aí homens leitores! Ou ao contrário, elas querem mudar o seu amado para que eles fiquem do jeitinho que elas querem.
Quantas vezes somos julgados pela aparência, por pessoas que não tem mais do que uma tênue impressão superficial? E quantas vezes nós não agimos da mesma forma em relação aos outros?
Fazer com que o outro seja nosso espelho, é viver parcialmente, em função do sentimento de inveja mal-elaborada, é viver com você mesmo no suposto outro. Cometendo assim verdadeiros equívocos nas relações. Comprometendo às vezes a seriedade e sobriedade alheia.
No momento que isso ocorre, seria o caso de “virar o espelho” em nossa direção e perguntarmos se a crítica feita de forma leviana não se encaixa a nós? Será que aquilo que não nos agradou no outro, não seria algo que nós gostaríamos de termos? Não adianta “quebrar o espelho” que reflete nossos defeitos. É necessário ajustar nossa auto-estima, para que sejamos capazes de refletir algo construtivo ao bom relacionamento, seja ele qual for.
Gente! E o dedo que saí pela tangente? Esse está apontando para a pessoa que usam seu espelho para refletirem como estão e não com pensam que são
Refletindo desta maneira. Dá-me vontade de escrever: “como ficam liberdade e subjetividade nas relações?