CHUVA

Chove muito, as ruas estão tomadas de guarda chuvas, os paralelepípedos sentem os passos mais fortes em demasia pela gente apressada que por ali passa, tentam esquivar-se da chuva e acabam por se molhar, as gotas que percorrem um longo caminho até se colidir com a superfície terrestre teimam em cair, atendendo assim a solicitação de muitas plantas, lagos e açudes... que pedem e “gritam” por socorro, que diferente de alguns humanos se deliciam com as gotículas oriundas das nuvens, essências de felicidade. Pense no outro, nos outros, antes de rezingar esta chuva, a natureza nem sempre atende as nossas estúpidas solicitações.

Sra.Natureza solicito a você pela manha brisa de outono, ao entardecer me contemple com belos raios do sol, que só você sabe proferir e ao anoitecer permita que suas gotículas de chuva possam cair e assim eu possa adormecer... solicitação que para min estaria de muito bom agrado, para tantos outros seria horrivelmente aceita, por isso, ótimo que a natureza não atende nossas solicitações e viva a natureza livre e desimpedida!

E quando a calma chuva nos dá adeus, nos enche os olhos com seus rastros de embelezamento deixado pela precipitação de gotas d’água, sobre as plantas rejuvenescimento, brilho e alegria, o canto dos pássaro, antes refugiado, toma conta da cena, e nós humanos temos o privilégio de poder contemplar e admirar essas belezas, embora com olhar bem menos pura do que o olhar da estupefata natureza.

Deivith Camargo
Enviado por Deivith Camargo em 25/11/2010
Reeditado em 03/03/2011
Código do texto: T2636121