Esperança

“É preciso acreditar num novo dia, na nossa grande geração perdida, nos meninos e meninas, nos trevos de quatro folhas. A escuridão é ainda pior que essa luz cinza”.

Se ela não basta o que nos arrasta, se ela se cala o que nos consola? O que fazer quando mesmo ao olhar para frente não há sinais de bom tempo? Será a esperança o único pilar a manter o homem quando tudo que resta é dor e solidão? A verdade é que cultivar a esperança em dias difíceis trata-se de uma grande virtude. Afinal, geralmente, nesses árduos momentos a atitude mais comum é deixa-se cegar pelas brumas do desespero. E quantos metros um homem cego e desesperado pode caminhar sem cair?

Será a esperança um nobre sentimento aliado a questão da fé? Será que a energia dos bons pensamentos é realmente capaz de influenciar na ordem dos fatos futuros? Sendo assim, estará aquele que não cultiva a esperança, aquele que já não nutre os seus sonhos, estará cavando uma cova sob seus pés? De fato ter esperanças na realização dos próprios sonhos é extremamente necessário para a saúde da longa caminhada que é a vida humana. Entretanto, se faz necessário considerar os truques do destino para que uma simples queda não se transforme em uma avalanche. Outra verdade é que devido ao despreparo para derrota e a estupidez de concentrar todas as forças em um único alvo nos afastamos da sabedoria de compreender que novos sonhos também se constroem no desvio da rota. Sim, é preciso ter esperanças! É preciso acreditar num novo dia, é preciso ter coragem para remar contra a maré e seguir viagem. Assim como também é preciso ter cuidado para não contaminar à esperança com delírios e fúteis anseios.

Buendia
Enviado por Buendia em 24/11/2010
Código do texto: T2635120
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.