A CUMBUCA.

Chagaspires

A cultura popular é repleta de curiosidades.

Os adágios fazem parte dessa cultura enriquecendo o nosso vocabulário e transmitindo uma série de exemplos que nos ajudam a enfrentarmos as vicissitudes do dia a dia.

“Água mole em pedra dura tanto bate até que fura”. Esse adágio nos ensina a insistirmos até conseguirmos aquilo que pretendemos.

“De grão em grão a galinha enche o papo”. Esta sabedoria popular nos exorta a ter paciência e aos poucos com certeza conseguiremos atingir a nossa meta.

“O apressado come cru”. Esse ai quer insinuar que quem tem muita pressa corre o perigo de perder as oportunidades, de se adiantar e provar das coisas antes do tempo correto.

Mas um dos adágios que me tem servido de ajuda e me ensinou a ter um maior cuidado em tomar qualquer decisão para me livrar dos engodos desta vida é: “Macaco velho não mete a mão em cumbuca”.

Vocês sabem o que é uma cumbuca?

É um vaso feito de cabaça no qual se faz um buraco na parte de cima por onde possa passar a mão de um símio.

Dentro do vaso se coloca uma espécie de coquinho muito apreciado pelo bicho.

E a pobre criaturinha ao pegar o fruto não quer mais solta-lo e desta maneira, com a mão fechada fica preso na armadilha sendo apanhado pelo caçador.

Quantas pessoas no seu dia a dia não caem no engano da cumbuca.

Conheço alguém que possue um carro velho. Vive se quebrando com facilidade e os gastos para manter este velho automóvel vão além da conta. Esta com certeza é uma cumbuca, pois o tal amigo continua persistindo em ficar preso ao seu tão almejado “coquinho”.

Alguns vícios como o do fumo ou o álcool também fazem parte de nossa cumbuca.

Gastar além de suas possibilidades é uma cumbuca que nos prende as dívidas e muitas vezes nos coloca em um poço sem fundo. Mesmo assim há aqueles que não param de comprar.

E tantas outras situações que nos colocam na situação idêntica ao do macaco.

É preciso que nos livremos dos enganos que a vida oferece para que possamos seguir livremente sem precisar estar atados a uma cumbuca.

Chagaspires
Enviado por Chagaspires em 24/11/2010
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