UM BANDO DE DESERDADOS CUJO PATRIMÔNIO É A ESPERANÇA. É O QUE SOMOS.
 


Já dizia o escritor Scott Fitzgerald, que “Suave é a Noite”, com o que concordo e, entre um bocejo e outro, é que me encontro aqui entregue a reflexões vazias a respeito de nada. E o nada para mim neste momento é o assegurado por Luiz de Camões, de que “Jamais haverá ano novo se continuar a copiar os erros dos anos velhos”.

A propósito, não é que o senhor dos Lusíadas tem lá sua razão? Entra ano, sai ano e quais as perspectivas reais no campo político e pessoal para meio mundo se tudo permanece no mesmo “statu quo” e nós convivendo e aceitando placidamente tudo que nos é servido de bandeja, parecendo - como afirmou certa feita o saudoso Tancredo Neves -  um bando de deserdados cujo patrimônio é a esperança.

É, seu finado... para os deserdados aqui, plagiando D.H. Lawrence eu vos diria: “Já não há caminhos fáceis à nossa frente: temos de contornar os obstáculos, pular por cima deles – e isso porque temos de viver, seja qual for a extensão do desastre havido”.


E, neste pensar vadio, se o tédio me domina,procuro logo me acostumar com ele, pois como diz o filósofo Sinclair Lewis, se há solução para o tédio, não o conheço. Se conhecesse, seria o primeiro filósofo que teria inventado um remédio para a vida.” 



 
Zélia Maria Freire
Enviado por Zélia Maria Freire em 24/11/2010
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