Acharam por bem...

Nós não somos brasileiros! Nascemos num território que noutras épocas acharam por bem assim intitular.

Vieram aqui e disseram que descobriram algo, sendo que o aqui já aqui estava desde que o mundo é mundo. Existiram uns índios, provavelmente advindos de outros lugares, num tempo imemorial.

Acumulados, vivendo dentro dos comandos invisíveis de alguns líderes ignominiosos, achamos que assim está bom e que “temos que cumprir com nossas obrigações cívicas, inclusive torcendo para a seleção num dia de jogo de copa do mundo de futebol!”

Todos com um registro geral, cravado no rabo, rumando feito zumbis, fingindo que estão felizes e que estão compreendendo o que um imbecil como eu está tentando expor aqui. Mas mesmo assim continuam, freqüentando o colégio interno, apanhando e batendo, “virando gente” ou bandido, se casando, amando filhos e cachorrinhos, cultivando plantas, assistindo televisores em programas bestas, se enchendo de comida e comemorando natais, carnavais, a paz, o trabalho diário e o ódio. Cultivando uma vida que fizeram com que acreditasse fosse real. E assim o pobre animal humano rumina seus dias no destino de uma vida digna e uma morte com flores e cheia de pessoas no velório municipal, e que Deus o esteja aguardando com os braços abertos, sorrindo, meu filho...

E milhares de frases e exemplos bonitos de vida nos são lançadas como mensagens subliminares, que sequer nos damos conta. Tudo num “fluxo natural das coisas”, como não poderia deixar de acontecer”.

E, homens, acreditam realmente em tudo o que acontece?

São tão fracos e dependentes (a ponto de contrariar Deus), a ponto de transferir poderes e responsabilidades a entes superiores, em sua criação, seus dias, seus atos. Por que não assumir que se criaram a si próprios, de uma vez por todas, surrados em infindáveis anos de evolução? Deus quer assim. O cômodo que vive em seu colo clamando e se lamuriando o ofende! Que nós em nosso livre-arbítrio nos façamos, com nossas forças e determinações que foram o diferencial de nossa espécie, sobrevivente a todos os tipos de intempéries.

Por isso acredito na humanidade inteira, sem raças e fronteiras. Que diante todo seu histórico de vitórias sobre gelo, fogo, monstros, doenças, tragédias, o homem ainda será capaz de se livrar da ignorância, inclusive e principalmente eu...

Acredito!

Savok Onaitsirk, 15.06.10.

Cristiano Covas
Enviado por Cristiano Covas em 23/11/2010
Reeditado em 23/11/2010
Código do texto: T2631660
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