PRESENTE DE NATAL
Ainda é novembro. Não tarda e muitos estarão rendendo graças a Deus, em ritual anual, por tudo quanto se recordam lhes tenha sido dado ao longo dos doze últimos meses. E pronto! Então, dezembro será recebido em clima costumeiro: luzes por toda parte, comércio abastecido com quadro de pessoal reforçado e canções que se vão ouvir ritmadas por sonoros sinos pequenos, médios, blim blins e blim blons.
Enfim, viveremos mais um Natal; não como aqueles das bonecas que adormeciam, dos avioezinhos que emitiam ruídos sem decolar ou algo semelhante, embalados em papel estampado com a face do bondoso velhinho e sua barba alva como a neve. Nos tempos atuais, as Boas Festas elevam espectativas de surpresas aos níveis de "blackbarries", novos computadores portáteis, bilhetes para ingresso à Disneylândia ou gozos de semanas de férias a bordo de cruzeiros marítimos.
No entanto, esta vez o Menino de Nazaré, cujo nome será citado nas melodias e nO qual se resume a harmonia que nos há de unir, não será contemplado com a merecida reflexão. E mais: ainda sem amor, neste ano, alguém igualmente negará o presente sonhado pelo Aniversariante e O fará aguardar até a chegada do próximo Natal, para, só então, talvez Lhe oferecer o fruto de Sua vida e de Sua morte: sopro do Pai, o coração humano.