A grande discussão do momento é se retira a obra de M. Lobato
ou não dos livros didáticos por conter RACISMO e violência contra os animais.
              Pois bem. Sinceramente nunca vi ninguém lendo um livro de M. Lobato.
Você já viu? Eu nunca vi. Monteiro Lobato - sem dúvida nenhuma, um dos maiores escritores do mundo. Isso é fato. Não discute isso. Fato é é fato. Mas eu nunca vi ninguém lendo um livro seu. Isso também é fato. Ou seja: se não fosse à adaptações da sua obra para a televisão - isso construiu o Mito, como também criou as jovens senhoras das sagas Crepúsculo e do bruxo Potter e outros e outros... Possivelmente - e infelizmente - M.Lobato seria apenas m.lobato. Isso é fato. Nossos filhos lem gibis, jogam na internet e na Escola cantam: lá vem o pato, pato aqui pato acolá... Ou era uma casa muito engraçada... E por aí vai. Nós - os pais -
lemos livros de auto-ajuda ( de autores estrangeiros, e de preferência aqueles que vem com um selinho dizendo: 3 milhões de livros nos EUA; e ainda: melhor livro do ano segundo o New York Times ). Livro de escritor brasileiro não serve. Não conta. Lemos também livros sobre Liderança. Claro: de autores estrangeiros também. Saca só: qual autor você gosta: gosto do Jack Wells. ( Hummm!!! )
Saca só: qual autor você gosta: gosto do José Luís. ( Ah! ).
                  E por aí vai.
                  Voltando ao Lobato eu acho que ele era racista. Quanto a matar a onça, naquela época quem morava no mato, matava onça ou a onça era quem matava. Mas que ele era racista acho que era. Naquela época as pessoas também eram racistas. Hoje ninguém fala que é, mas continuam sendo racista. No sítio de pica-pau-amarelo tem uma negro: o saci. Quem era o Saci? Um negrinho aleijado, mentiroso, preguiçoso, trapaceiro e mágico. A outra negra era doméstica sem salário. Acho que se o Visconde fosse negro, Dona benta fosse negra, o Pedrinho fosse também negrinho, o Saci fosse branquinho etc. o Lobato teria sido mais feliz. Como um grande escritor que foi ele perdeu uma grande oportunidade de ter revolucionado a época com personagens que fossem o contrário do gosto da sociedade rica do seu tempo. Acabou sendo um porta voz da situação.
                 Quem sou para falar de Lobato? Não sou ninguém.
                 Mas e quem sou para não falar de Lobato?
                 Não podemos esconder verdades.
                 Bom isso é o que eu acho.

luznaentradadotunel
Enviado por luznaentradadotunel em 21/11/2010
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