UMA RELAÇÃO INTRODUTÓRIA COM O APARELHO FONADOR

Durante a produção do som humano envolvemos uma gama de aspectos físicos e, necessários se fazem utilizarmos órgãos vitais como a língua em toda a sua extensão. A uma relação envolvente e frenética dentro da cavidade oral, precisamente entre a úvula e o palato duro.

O sistema articulatório acima do fonatório carece e muito do respiratório, é quando estes entram em ações gradativas e ininterruptas, os lábios e a língua, a respiração egressiva e ingressiva expelida por meio de pressão exercida pelos músculos do diafragma, a partir daí já existe um comando de ações em busca do clímax que é a produção do som.

Todo o mecanismo está funcionando, com a mão espalmada contra a parte central do pescoço percebemos em ação o Pomo de Adão já bem desenvolvido, e, sussurrando a palavra “vá” percebemos toda a sua vibração, ao contrário da “fé” que nos deixa desvozeados.

A úvula, lá no final do véu palatino é aquela pequena “gota de carne” que com a boca aberta é possível perceber seus diferentes movimentos e posições ao pronunciarmos as vogais “a” e “ã”...

Os articuladores ativos se movimentam em direção ao passivo modificando a configuração do trato vocal, tanto à cavidade oral com a língua, como à cavidade nasal com o palato mole.

Exploramos juntos os lugares de articulação quando ativamente o lábio inferior vai ao encontro do lábio superior que passivamente transforma esse encontro na articulação bilabial; seguindo esta sua viajem o lábio inferior passa pelos dentes incisivos superiores para o contato labiodental. O ápice, mas conhecido como lâmina da língua, ativamente, com os alvéolos passivos, permite que juntos cheguemos à articulação dental, daí, veio o momento alveopalatal com a ativação da parte anterior da língua; à palatal com a passividade da parte final do palato duro, voltamos à velar com a parte posterior da língua, permanecendo assim na articulação glotal, já com os músculos ligamentais ligeiramente articulados.

Entre olhares, procuramos saber em que grau e natureza da estritura nos encontrávamos, ficamos sabendo que a posição assumida pelo articulador ativo sobre o passivo, indicam como e em que grau a passagem da corrente de ar passa através do aparelho fonador. É fato.

Resolvemos arriscar mais, procurando modos ou maneiras de articulação diferentes, começamos pela oclusiva, ah! obstrução completa, ficamos sem fôlego, tentamos a nasal, a mesma coisa, sorte que o véu palatino estava abaixado e o ar passou pela cavidade nasal. Fomos para a fricativa, com a aproximação dos articuladores produzimos aquela fricção, quando ocorreu a passagem central da corrente de ar, daí veio a africada, logo no inicio tivemos uma obstrução completa na passagem da corrente de ar através da boca, logo, tentamos a tepe ...vibrante simples, e chegamos na vibrante múltipla, com o articulador ativo tocando algumas vezes no articulador passivo causando vibração, já com o palato duro sendo o passivo e a ponta da língua ativa chegamos a retroflexa e, com o toque do articulador ativo no articulador passivo a corrente de ar é obstruída na linha central do trato vocal, caímos nas laterais.

Afonso Colares
Enviado por Afonso Colares em 21/11/2010
Código do texto: T2628104