MILAGRES EXISTEM

Minha amizade com esta Santa, começou há muitos anos atrás... ainda pequenina, morava no campo, na zona rural, onde tudo transpirava paz. As irmãs claretianas costumavam visitar-nos aos domingos, passar o dia conosco. Mamãe se esmerava no cardápio: frango caipira, macarronada, torta de batatas, nhoque, saladas de alface colhida ali, na roça, ainda orvalhadas, esbanjando saúde...tudo natural. Suco de limão rosa e , de sobremesa, a famosa “caçarolada” italiana...um verdadeiro manjar dos deuses! Elas se deliciavam. Nós, ainda mais, com a presença dessas pérolas missionárias em nossa casa. A madre sempre me perguntava se gostaria de ser freira, e, prontamente, eu respondia: sim! E como gostaria! Adorava aquelas vestes brancas, tão puras, como os lírios que mamãe plantava no quintal! Fizemos várias visitas ao Lar Santo Antônio onde elas acolhiam as crianças órfãs, e a elas supriam de tudo: comida, roupa, remédios, educação e, mais importante: o amor! O tempo passou. Cresci. Tive uma vida difícil. Pais pobres, trabalhava de dia, estudava à noite, de madrugada, para formar-me , ser alguém na vida. Graças a Deus, venci! Meu maior orgulho era poder ajudar no sustento da casa. Casei-me, divorciei-me. Não fui feliz, infelizmente, o álcool incendiou o meu lar.Tentei de tudo, sem sucesso!. Tenho dois filhos, duas dádivas de Deus, João Paulo e Mariana, meus alicerces, meu combustível para prosseguir o caminho de pedras imposto pelo destino , até mudar-me bem à frente do Santuário Eucarístico, fundado pelas irmãs Claretianas. Mera coincidência? Ou uma promessa , um sonho, um compromisso esquecido nas gavetas da ilusão? O que sei é que, depois de perder o pai dos meus filhos, a quem sempre amei, acometido de um câncer voraz, de perder também meu emprego de 23 anos em empresa sólida da cidade, vim parar exatamente neste chão santo, abençoado, que me acolheu de braços abertos. Hoje sou membro do Iclem – Instituto Claretiano de leigos missionários, participo da Pastoral da Liturgia, sou voluntárias no projeto “Delícias da Madre” – um grupo de mulheres que se dedicam a fazer delícias para angariar fundos para os pobres dos cinco Continentes, onde estão espalhadas as irmãs em sua santa e nobre missão. Tudo o que tenho e sou devo à Madre Leônia, a quem recorro em todos os momentos de fraqueza, de dor, de trevas. A cada dia, mais e mais graças recebo por sua santa intercessão: saúde ,espiritualidade, equilíbrio, sucesso nos projetos de meus filhos, tudo entregue em suas mãos abençoadas. Foram muitas graças: uma delas, a mais recente: minha filha estava com suspeita de nódulo maligno de tireóide. Pedi com muita fé à Madre para que não fosse nada grave. Graças à sua intercessão, foi constada benignidade deste nódulo. Continuo orando, pois ainda não sabemos a causa do desequilíbrio da glândula. Mas, o medo maior passou. Hoje, temos por hábito, ler, sempre antes das refeições, um capítulo do diário da Madre— é assim que nos fortalecemos, na fé, na esperança, no amor! Com as palavras e o exemplo que esta Santa mulher aqui na terra deixou !

Benvinda Palma

21\11\1010

Bemtevi
Enviado por Bemtevi em 21/11/2010
Reeditado em 23/10/2012
Código do texto: T2627794
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