A POESIA E OS POETAS

Por ora, a busca do Belo ainda não é do interesse de grande parte das criaturas, e isso faz que todos aqueles que se voltem a esta busca, sintam-se um tanto afastados da maioria das pessoas do planeta.

Os poetas, comumente, são incompreendidos e, para o vulgo, a poesia é coisa de lunático...

É verdade que muitos vates foram infelizes em suas composições; entretanto, se uns abordaram temas pessismistas; outros usaram a sátira mordaz; alguns até enalteceram a soberba; a maioria deles teceu versos com mestria usando como temática o sentimento por excelência: o amor.

E é sempre ele: seja o amor maternal, filial ou passional; o amor à ecologia, enfim, de qualquer modalidade, porém o amor...

Verdadeiro é que, somente quem carrega nos refolhos da alma este sentir, dele pode falar, exalçando-o às culminâncias do viver, e neste aspecto, ninguém mais que o poeta, de fato, possui tanta sensibilidade a escoar pelos escaninhos do ser.

Por esta razão, dizem: - O poeta vive no clima do sonho e está fora da realidade deste mundo!

O fato é que ninguém sofre mais que o próprio, pois este inclusive quando ama, fá-lo com ardor; suas fibras íntimas ao serem tocadas produzem abalos formidáveis e, então, ao expressar a sutileza de que é portador vê-se, muita vez, conceituado à conta de visionário, alienado e tantos outros epítetos depreciativos.

O povo ainda não depurou o sentimento a ponto de vislumbrar a poesia com a qual o Divino Artífice teceu a vida e o Universo...

O singular Poeta da Galiléia, em tempos idos, ao cantar as belezas das coisas de Deus, também foi classificado de louco, sendo até imolado por ter dito frases de peregrina beleza como:" - Olhai os lírios do campo, que não segam nem fiam... Quem com ferro fere, com ferro será ferido..."

Em síntese : os poetas, de contínuo, ver-se-ão incompreendidos e até marginalizados. Porém, apesar de tudo, vale aprimorar a sensibilidade; descobrir a poesia nas coisas e, cantá-la sem temor... Um dia, quem sabe, a poesia será atributo da maioria dos habitantes da Terra.

Até lá, quero viver nesta arte sublime pela sucessão dos evos pois, a vida é o amor, e o amor é POESIA...

PEDRO CAMPOS
Enviado por PEDRO CAMPOS em 20/11/2010
Reeditado em 31/10/2014
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