AS MÃOS DAS MÃES

 Um vídeo mandado por uma amiga, de bela mensagem DAS MÃOS DE MINHA MÃE é tocante, linda e importante mensagem, de autor desconhecido enviado . Faz refletir e mergulhar na vida desconhecida de nossa própria mãe.
 
E que encontramos? Só gestos e ações de doação e amor por seus filhos, como eu mesma sempre fiz para meus filhos. Possivelmente é o que toda mãe que ama seus filhos faz. E é lindo. E é desconhecido de todo mundo. Aliás, a boa mãe quase só faz para seus filhos no tempo todo em que eles precisam de proteção , zelo e cuidados. Como é tão bonito algo tão importante quanto belo e passa sempre desconhecido, até não reconhecido. A ação das mães no dia a dia.
 
Já pensou no que sua mãe fez com as mãos dela por você ?

Imagino a minha, e tento lembrar quantas benecesses me doou. Costurava e bordava lindos vestidos de baile, seguindo modelos dos filmes de Ingrid Bergman e outras estrelas da época, trabalhos lindíssimos para minhas irmãs irem dançar e para suas freguesas que eram muitas, e ela trabalhava o dia todo para ajudar a sustentar a vida da família.

Imagino que pra mim tenha feito muita roupa linda, em criança quando a gente nem reparava. Muito aprendi com ela sem saber.

Com meus filhos eu costurava tudo com um capricho e um carinho cheio de prazer, encantada de dar o melhor para cada filho. Quase não comprava em lojas suas roupinhas. Eu tinha orgulho de fazer e melhor que das vitrines; e com os bordados mais finos, lindos e criativos. Os filhos sabem tão pouco das mães!

Da minha me lembro que suas mãos eram boas e delas saiam produtos que eu amava e lembro até hoje com prazer: os favos de mel de sua própria colméia colhidos e dados diretos na boca, eram de um sabor insubstituível pois que vinha junto a alegria e o amor, meu DEUS! QUE PRECIOSIDADE! E "o capitão", que consistia num bolinho de comida misturada e amassada do almoço e enfiado direto da boca! Era um céu e festa de carinho recebido disfarçado de mãe. E a mistura de mãos trabalhando os casulos dourados do bicho da seda colhidos das inúmeras caixinhas trabalhadas.

Para mim havia um código implícito: " eu (ela) faço por você e você (eu) sempre me atende, obedece e aprende as melhores coisas".

Ela não ensinava como se fazia, ela só fazia e pedia ajuda: era a maneira dela ensinar e dar o bom exemplo.

Cada mãe tem seu jeito de ser e fazer num mundo disfarçado de desconhecido, de anonimato, de singela simplicidade e era  e é de uma maravilha que move e encanta o mundo.
 
Com os meus filhos não sei o que lhes passa na cabeça. Sinto cobranças, intolerâncias, silêncios, indefinições. Sei que me amam, mas parece que é quase contra a vontade, mas por já serem adultos e me veem como um adulto igual ou ultrapassado. Não sei. Uma vontade de um distanciamento, de falta de conexão.

Já vivem "outra época" e parecem despresar qualquer coisa que não seja atual.
Não sabem o bem que estão perdendo. Só vão saber um dia, quando viverem de lembranças.