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Está muito bem explicada a razão por que o nosso sofrido estado de Alagoas sempre apresenta os piores índices negativos em educação, saúde e segurança, entre outros fatores de desenvolvimento econômico e social. Forças ocultas e poderosas assim o querem. Mesmo aqueles que na campanha eleitoral defendiam as mesmas causas, agora são contra, para que o governante “não apareça na foto”. Procuram criar obstáculos para que determinadas obras não sejam levadas a efeito, deixando transparecer que ainda detêm o poder de influenciar algumas decisões do Planalto. Uma indústria que pode trazer milhares de empregos para os alagoanos, com investimento de alguns bilhões de reais, por pouco não se transferiu para outro Estado do Nordeste, por falta de apoio de um órgão da esfera federal, talvez em obediência àqueles que profetizam o “quanto pior melhor”.
Felizmente, depois de muita polêmica, os jornais de hoje dão a notícia de que a indústria já tem o aval para aqui se instalar, graças à luta homérica de quem detém o poder estadual, que, mesmo sendo da oposição, tem o reconhecimento do governante central, que já lhe manifestou sentimento de gratidão pelo seu passado histórico, na luta pela redemocratização do país. Quem já sofreu as amarguras do regime militar não pode desprezar a democracia, onde o adversário político não deve ser visto como inimigo e sim como apoio no equilíbrio das forças opostas. Não é à toa que o Direito e a Contabilidade têm como símbolos a balança, que não deve pender só para um lado. Direitos e deveres, assim como receitas e despesas precisam de equilíbrio. O governo não pode se dizer democrata sem a voz da oposição. Assim, lembremo-nos da sábia frase de que “entre duas forças iguais, vence a que tem razão”. Fiquemos ao lado de quem defende o desenvolvimento do Estado e de seu povo e não daqueles que são do contra, torcendo para ver o circo pegar fogo.