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Espantosa Felicidade
Para Lady Laura Noturna.
( Oo NOTURNA oO )
Às vezes um poema se apresenta como uma jóia diminuta: sintético, penitencial, filosófico, inventivo, leve. Se despojado, cândido, afortunado, reconfortante é ele: evocação pura...
Elevadíssimos, coesos, emocionantes, incomparáveis, patéticos precisam ser os versos de quem pretende o nosso renascimento. Versos que nos resumam, deflaguem a nossa condição humana; se este poema parece-nos de fato enfadonho, pesado, sem brilho, definitivamente apagado no céu cintilante, deletemo-lo. Se já naquele, todavia, o questionamento do Mundo se faz em três, quatro linhas que tremem, totais, messiânicas, separemo-lo exclusivamente, em segredo...
Ora, por que algumas produções líricas nos passam o clima da primavera, numa simplicidade promissora? Por que, com o tempo, fica primaveril o poema que de início rejeitamos ou minimizamos?
Resposta: Pelos versos verídicos, sublimes, sábios, encantadores, que contenham uma antítese profunda, uma contradição lógica que nos enriqueça, uma angústia tal que nos eleve a homens.
***
O conjunto de metáforas e belas imagens me iluminou tanto que perdi a noção da noite infindável que circunda, envolve seus poemas. Que asas são estas? Que emoção, que descoberta, que participação inesperada e imanente? Que sortilégio, que ira, que anseio, que espanto feliz me atingiu?
Espantosa Felicidade
Para Lady Laura Noturna.
( Oo NOTURNA oO )
Às vezes um poema se apresenta como uma jóia diminuta: sintético, penitencial, filosófico, inventivo, leve. Se despojado, cândido, afortunado, reconfortante é ele: evocação pura...
Elevadíssimos, coesos, emocionantes, incomparáveis, patéticos precisam ser os versos de quem pretende o nosso renascimento. Versos que nos resumam, deflaguem a nossa condição humana; se este poema parece-nos de fato enfadonho, pesado, sem brilho, definitivamente apagado no céu cintilante, deletemo-lo. Se já naquele, todavia, o questionamento do Mundo se faz em três, quatro linhas que tremem, totais, messiânicas, separemo-lo exclusivamente, em segredo...
Ora, por que algumas produções líricas nos passam o clima da primavera, numa simplicidade promissora? Por que, com o tempo, fica primaveril o poema que de início rejeitamos ou minimizamos?
Resposta: Pelos versos verídicos, sublimes, sábios, encantadores, que contenham uma antítese profunda, uma contradição lógica que nos enriqueça, uma angústia tal que nos eleve a homens.
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O conjunto de metáforas e belas imagens me iluminou tanto que perdi a noção da noite infindável que circunda, envolve seus poemas. Que asas são estas? Que emoção, que descoberta, que participação inesperada e imanente? Que sortilégio, que ira, que anseio, que espanto feliz me atingiu?