Computador,
meu bom amigo
1. Assunte só. Me diz uma gazeta, de circulação nacional, que o computador está interferindo no relacionamento conjugal, ameaçando, por exemplo, a paz que deve reinar entre o casal.
2. Consortes mais raivosas o têm amaldiçoado. Elas não aceitam que seus companheiros invadam as madrugadas clicando aqui, clicando ali, condenando-as a uma torturante solidão, em suas alcovas. A desavença agravou-se com o uso, cada vez mais frequente, do Notebook.
3. Diz a gazeta que quando o marido leva o Notebook para a cama, a coisa piora: a raiva da esposa aumenta e ela passa a desejar o pior pro seu internauta.
4. Eu soube, que algumas mulheres chegam a pedir a Deus a momentânea "impotência" dos seus varões, tirando-lhes a tesão em casa e na rua.
5. Quero deixar bem claro que estou entre os que jamais trocaria uma noite de prazer, nos braços da mulher amada, pelo computador. Aonde!!! Como se diz aqui na Bahia.
6. Fiz do meu computador um amigo de todos os dias; mas nunca um amigo de todas as horas. Ele, reconheço, veio preencher o vazio que a aposentadoria me impôs. Tem me ajudado a atravessar, numa boa, os inevitáveis momentos de insulamento decorrentes da minha jubilação.
7. Por isso, quando desconfio que alguma coisa pode acontecer-lhe, fico transtornado. Sinto-me como se estivesse na iminência de perder a companhia de um amigo de muitos anos. Aquele amigo que, a qualquer hora, nos traz boas notícias; nos diverte com piadas sadias ou não; que nos indica boas leituras; recebe e leva nossa correspondência; e, sem reclamar, atura nossas lamúrias, indignações e guarda nossos segredos...
8. Não condenem, por favor, quem passa incontáveis horas diante de um computador navegando, navegando, navegando; descobrindo novos sites; comunicando-se com conhecidos e com desconhecidos, na sua cidade, e fora dela.
Não condenem sumariamente os internautas. Muitos têm no computador a única janela para o mundo.
9. Costumo dizer, que Deus fez dois tipos de computadores: o computador que ajuda o cidadão a ganhar o pão de cada dia, e o computador que diverte.
10. O primeiro abre caminhos; facilita e fecha negócios; descobre bons empregos; faz compras; paga isso e aquilo; vai aos bancos; solicita talão de cheque; puxa extratos bancários; vai aos Tribunais.
11. Mais: vê como andam os cartões de crédito; faz negócios na Bolsa; acompanha a oscilação do Dólar e do Euro; consulta a meteorologia; programa e realiza tarefas do seu emprego e do seu escritório, dispensando o estafeta.
12. O segundo computador oferece bons livros; ensina como fazer boas compras; informa tudo sobre o time do seu coração; dá a dica pra manter uma cozinha saudável; indica milhares de sites sobre música, escultura, pintura e viagens; indica bons autores; e, em questão de segundos, põe você diante dos jornais, rádios e TVs do Brasil e do mundo; permite a troca de imagens e mensagens com o seu amor, a qualquer hora do dia e da noite.
13. Optei pelo computador-lazer; ou melhor, pelo computador-prazer: ouço rádio e televisão; entro nas livrarias e adquiro livros e CDs; visito lojas famosas; mando flores e presentes; folheio todas as revistas semanais; e perambulo pelos cinco Continentes. Visito o Louvre; o museu do Prado e a Capela Sistina.
14. Noite dessas, revi, demoradamente, quadros de Velásquez; de Monet e de Manet; de El Greco; de Goya; e os fantásticos afrescos de Giotto, o gênio que pintou a vida de Francisco de Assis.
15. Quando estou com saco, leio o noticiário político e o noticiário policial; quase sempre prefirindo este àquele. Guerras? Ora, se foi para me distrair que me deixei seduzir pelo computador, não me interessam as infindáveis e inconsequentes brigas pelo mundo afora.
16. E os aplicativos? Sem eles o computador perderia parte do seu fascínio. Mas essa de a gente se comunicar, com rapidez, com pessoas conhecidas ou não, daqui e de muito longe, é um tremendo barato!
17. Trago, como exemplo, o e-mail. Através de um e-mail a gente elogia e xinga os outros; dá livremente nossa opinião sobre qualquer assunto; externa nossas alegrias e nossos ódios. Como é chique ter um endereço eletrônico: fulano@xyx.com.br. Oh! o computador! E ainda tem gente que teima em lhe não reconhecer os encantos...
meu bom amigo
1. Assunte só. Me diz uma gazeta, de circulação nacional, que o computador está interferindo no relacionamento conjugal, ameaçando, por exemplo, a paz que deve reinar entre o casal.
2. Consortes mais raivosas o têm amaldiçoado. Elas não aceitam que seus companheiros invadam as madrugadas clicando aqui, clicando ali, condenando-as a uma torturante solidão, em suas alcovas. A desavença agravou-se com o uso, cada vez mais frequente, do Notebook.
3. Diz a gazeta que quando o marido leva o Notebook para a cama, a coisa piora: a raiva da esposa aumenta e ela passa a desejar o pior pro seu internauta.
4. Eu soube, que algumas mulheres chegam a pedir a Deus a momentânea "impotência" dos seus varões, tirando-lhes a tesão em casa e na rua.
5. Quero deixar bem claro que estou entre os que jamais trocaria uma noite de prazer, nos braços da mulher amada, pelo computador. Aonde!!! Como se diz aqui na Bahia.
6. Fiz do meu computador um amigo de todos os dias; mas nunca um amigo de todas as horas. Ele, reconheço, veio preencher o vazio que a aposentadoria me impôs. Tem me ajudado a atravessar, numa boa, os inevitáveis momentos de insulamento decorrentes da minha jubilação.
7. Por isso, quando desconfio que alguma coisa pode acontecer-lhe, fico transtornado. Sinto-me como se estivesse na iminência de perder a companhia de um amigo de muitos anos. Aquele amigo que, a qualquer hora, nos traz boas notícias; nos diverte com piadas sadias ou não; que nos indica boas leituras; recebe e leva nossa correspondência; e, sem reclamar, atura nossas lamúrias, indignações e guarda nossos segredos...
8. Não condenem, por favor, quem passa incontáveis horas diante de um computador navegando, navegando, navegando; descobrindo novos sites; comunicando-se com conhecidos e com desconhecidos, na sua cidade, e fora dela.
Não condenem sumariamente os internautas. Muitos têm no computador a única janela para o mundo.
9. Costumo dizer, que Deus fez dois tipos de computadores: o computador que ajuda o cidadão a ganhar o pão de cada dia, e o computador que diverte.
10. O primeiro abre caminhos; facilita e fecha negócios; descobre bons empregos; faz compras; paga isso e aquilo; vai aos bancos; solicita talão de cheque; puxa extratos bancários; vai aos Tribunais.
11. Mais: vê como andam os cartões de crédito; faz negócios na Bolsa; acompanha a oscilação do Dólar e do Euro; consulta a meteorologia; programa e realiza tarefas do seu emprego e do seu escritório, dispensando o estafeta.
12. O segundo computador oferece bons livros; ensina como fazer boas compras; informa tudo sobre o time do seu coração; dá a dica pra manter uma cozinha saudável; indica milhares de sites sobre música, escultura, pintura e viagens; indica bons autores; e, em questão de segundos, põe você diante dos jornais, rádios e TVs do Brasil e do mundo; permite a troca de imagens e mensagens com o seu amor, a qualquer hora do dia e da noite.
13. Optei pelo computador-lazer; ou melhor, pelo computador-prazer: ouço rádio e televisão; entro nas livrarias e adquiro livros e CDs; visito lojas famosas; mando flores e presentes; folheio todas as revistas semanais; e perambulo pelos cinco Continentes. Visito o Louvre; o museu do Prado e a Capela Sistina.
14. Noite dessas, revi, demoradamente, quadros de Velásquez; de Monet e de Manet; de El Greco; de Goya; e os fantásticos afrescos de Giotto, o gênio que pintou a vida de Francisco de Assis.
15. Quando estou com saco, leio o noticiário político e o noticiário policial; quase sempre prefirindo este àquele. Guerras? Ora, se foi para me distrair que me deixei seduzir pelo computador, não me interessam as infindáveis e inconsequentes brigas pelo mundo afora.
16. E os aplicativos? Sem eles o computador perderia parte do seu fascínio. Mas essa de a gente se comunicar, com rapidez, com pessoas conhecidas ou não, daqui e de muito longe, é um tremendo barato!
17. Trago, como exemplo, o e-mail. Através de um e-mail a gente elogia e xinga os outros; dá livremente nossa opinião sobre qualquer assunto; externa nossas alegrias e nossos ódios. Como é chique ter um endereço eletrônico: fulano@xyx.com.br. Oh! o computador! E ainda tem gente que teima em lhe não reconhecer os encantos...