CENÁRIO ENCANTADO
O nosso quarto está vazio como um teatro, antes de começar o espetáculo. O cenário está perfeito. Nossa cama com lençóis impecavelmente passados, as flores no vaso, os travesseiros macios, seus chinelos, seu pijama. A luz do abat-jour projeta sombras no teto. Só falta chegar o ator principal.
Ouço o primeiro toque, me inquieto. Será que ele não vem?
Ando de um lado para o outro me perguntando o porquê desse atraso.
O segundo toque me aflige ainda mais.
O que vou fazer com todos os meus neurônios que são os espectadores desse ato de amor que, parece, não vai acontecer?
O terceiro toque chama os espectadores. As cortinas se abrem. Sou obrigada a usar um ator substituto.
Ele tem boa vontade, tem até um certo talento, mas não tem amor por mim.
A peça foi encenada, mas foi um fracasso.
Os lençóis agora estão amassados, os travesseiros pelo chão e, no meio deles, o meu coração.
O nosso quarto está vazio como um teatro, antes de começar o espetáculo. O cenário está perfeito. Nossa cama com lençóis impecavelmente passados, as flores no vaso, os travesseiros macios, seus chinelos, seu pijama. A luz do abat-jour projeta sombras no teto. Só falta chegar o ator principal.
Ouço o primeiro toque, me inquieto. Será que ele não vem?
Ando de um lado para o outro me perguntando o porquê desse atraso.
O segundo toque me aflige ainda mais.
O que vou fazer com todos os meus neurônios que são os espectadores desse ato de amor que, parece, não vai acontecer?
O terceiro toque chama os espectadores. As cortinas se abrem. Sou obrigada a usar um ator substituto.
Ele tem boa vontade, tem até um certo talento, mas não tem amor por mim.
A peça foi encenada, mas foi um fracasso.
Os lençóis agora estão amassados, os travesseiros pelo chão e, no meio deles, o meu coração.