LÁGRIMAS DE SAUDADES

Aqui na minha cidade, como em muitas outras cidades do interior algumas pessoas ainda cultuam o hábito de se sentar numa cadeira defronte suas casas, e nisto passam algumas horas. Enquanto a prosa vai e a prosa vem, e cada um que conte a sua prosa e que ela não falte a ninguém.

Tendo sempre um fazendo uma simples brincadeira, e esta de repente aconteceu por causa do estado de saúde de um dos nossos amigos. Mestre Duquinha, homem muito respeitado e querido na nossa família e na nossa comunidade, sendo este um bom violeiro, porque não dizer um verdadeiro seresteiro de tempos de outrora, e que conquistara devido a sua simpatia e o som mavioso do seu violão. Ele, decerto modo mostrou como gosta ainda de tocar este seu instrumento.

Mas, o que me chamou a atenção foi quando vi rolar no rosto de uma das nossas amigas, lágrimas que simplesmente demonstravam serem naquele instante, lágrimas de saudades, saudades de alguém que tanto nos encantou com suas brincadeiras e o fazer teatral de bonecos que este sempre apresentou quando naquele tempo era tão somente a nossa felicidade e alegria.

Assim, de repente também lembrei e a todos ali que se encontravam presente perguntei: Oh, gente aonde anda nosso Pastoril? Cadê o nosso, Coco de Roda? Será que esqueceram nossas cantigas, que se esqueceram da Ciranda, e do Bumba Meu Boi? Brincadeiras tão gostosas que hoje nem sequer se brinca, e nem sequer vejo sobre elas alguém comentar.