O Rio está mais gay
 
Achei muito interessante a chamada na TV em uma reportagem sobre a passeata gay que ocorreu ontem aqui na zona sul de minha cidade: “O Rio está mais gay”.
 
Foram 250 mil pessoas, dentre homossexuais e simpatizantes, que congestionaram o trânsito. Não dá pra ignorar que este número de pessoas (multiplicado por quatro), se todos morassem no mesmo lugar, podia formar uma grande cidade. Acho até que não podem mais dizer que são minoria...
 
O que me impressiona é denominarem os homossexuais de gays. Para mim isso é pejorativo. As “Alices no país das maravilhas” e os “Bambis na floresta encantada” são fachada para uma realidade muito difícil na nossa sociedade. Como qualquer pessoa, homossexuais têm seus dramas e sentem na pele o que é mostrarem suas "diferenças".
 
Minha natureza não é "gay", mas entendo como aceitável qualquer coisa diferente de minha realidade, da mesma forma que aceito muita coisa que heteros fazem. Eu não tenho nada a ver com a vida sexual dos outros, e desde que a sexualidade alheia não interfira no meu dia-a-dia ou influa negativamente as crianças, podem fazer o que quiserem de seus corpos, ora! Eu não sei por que tanta discriminação!
 
Modalidades de gays existem: gay feliz, gay assumido, gay realizado, gay pedante, gay complexado, gay desencontrado, gay frustrado, gay encrenqueiro, gay disfarçado, gay de todas as formas, como de todas as formas são todas as pessoas. A única coisa que eu realmente acho anormal é alguém colocar como prioridade na vida o sexo, o tempo todo batendo na mesma tecla. Isso, sim, é distúrbio comportamental Até acontece com heteros.
 
Devo admitir, porém, que eu tenho uma diferença com um certo tipo de gay, aliás, apenas um: um bi enrustido que tomou muitos cafés da manhã comigo...


Texto e foto de Leila Marinho Lage
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Leila Marinho Lage
Enviado por Leila Marinho Lage em 15/11/2010
Reeditado em 15/11/2010
Código do texto: T2616725
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