Discussão no caixa do mercado
Fila de supermercado, é excelente laboratório, para se observar as pessoas.
Chego no caixa, vejo que há duas pessoas antes de mim, mais um senhor, que esta sendo atendido. Como nada me resta à fazer, senão esperar. Fico espiando, o carrinho que está à minha frente.
Uma moça de seus trinta e poucos anos, vestindo, jeans, camiseta, tênis, é a dona das guloseimas que lotam o carrinho, balas, biscoitos, chocolate, latas de refrigerantes, e pão integral light. Claro algo para acalmar a consciência.
A frente dela, uma senhora de meia idade, muito arrumada, parecia ter acabado de visitar o salão de beleza. Aguardava impaciente, por sua vez. Em dado momento, vira-se para trás, e começa a inspecionar o carrinho da moça. (assim como eu havia feito)
De repente, dirige-se para a jovem e diz: você come toda essas porcarias que compra ?
A moça pega de surpresa responde, com outra pergunta: o que você disse? (tempos modernos, onde todo mundo, virou você, não importa a idade)
E a senhora responde: perguntei, se você, come toda essa porcaria que esta levando?
A jovem corou de raiva, e revidou: sim como, e pago com o meu dinheiro.
A mulher então começou um discurso, sobre alimentação natural, os perigos do açucar, as gorduras que existem nos chocolates.....
Eu estava abobalhada, com a falta de compostura da dita senhora, como podia ela, pensei eu, invadir a privacidade de alguém, que nunca viu, dessa maneira.
Ainda bem, que a fila andou e a senhora "sem noção", foi atendida.
Fiquei a observa-la tirando, suas compras "saudáveis" do carrinho.
Alface, beterraba, cereais, yogurte, cenoura. Mas de repente, vejo um enorme pedaço de bacon ser colocado no balcão.
Nada mais foi preciso, para que a jovem mulher, se vingasse.
Bateu no ombro da senhora "sem noção" e disse: você come essa porcaria que esta levando ? E apontou para o bacon.
Sim, respondeu a mulher.
A jovem então começou um discurso em favor dos animais.
E o bate boca, ficou feio, o caixa parou para assistir. E eu ali, esperando o momento que as duas fossem se atracar.
O jeito foi procurar outro caixa, esperar um pouco mais, para ser atendida, pelo menos em paz.
Dessa vez, olhei bem, os carrinhos que estavam à minha frente, para ver se, o dono não era nenhum "louco" por porcarias, ou por coisas naturais.
Mas, os carrinhos estavam bem equilibrados, com guloseimas, verduras, frutas, refrigerantes.
Então pensei: acho que aqui estou segura... e não pude me furtar a rir baixinho, com esse pensamento.