Saldo Pós Eleição.
O que em minha opinião foi positivo nesta eleição, é o fato da mascará da tolerância ter caído.
O mito da aceitação das diferênças de raça, sexo, religião, caiu por terra. O que se viu neste pleito, não tem precedente na “democrática sociedade brasileira”.
Os EEUU tiveram sua sangrenta guerra da secessão; na Europa houveram várias, a mais recente na região da Sérvia; no Oriente e na África até hoje povos de mesma origem, de mesmo idioma ou não, tendo ou não a mesma cultura cometem fratricídio todos os dias.
No Brasil, pelo que se sabe a língua oficial é o português, entende, fala e escrevesse em todo território nacional, respeitando sotaques e aspectos culturais locais.
De mais antiga origem neste país, só a civilização indígena. As outras todas, a não mais de cerca de cinco séculos. Vieram aos poucos de todos os lugares do planeta, trazendo usos e costumes incorporando, integrando criando uma só cultura.
Dentro do país, o movimento constante levou e continua a levar para o norte e para o sul, para o leste e para o oeste; como também para o sudeste e o sudoeste, para o noroeste e o nordeste e vice-versa.
Assim sou paulistano, nascido e criado nesta Capital, meus filhos também, como meu neto. Minha esposa de Assis, interior paulista. Meu pai, baiano de quatro costados, como costumava dizer. A senhora minha mãe de portugueses e africanos descendentes, se dizia apenas brasileira.
Tenho parentes pernambucanos, cearenses, baianos, catarinenses, mineiros, cada um com seu sotaque, com sua comida deliciosa, com sua musica, seu forró.
A cada um que visito, levo meu sotaque, meus costumes e em nenhum momento sou tratado como se de outro lugar, que não do Brasil fosse.
Claro que ao falar provoco sorrisos, principalmente nas crianças, com meu estranho palavrear.
-“Ôrra meu!”