NÃO VOU COBRAR NADA NÃO
Encostado no balcão espero ser atendido. Duas funcionárias atendem, papéis nas mãos perto da mesa do chefe. Outros também aguardam. Lá de sua mesa o dono do cartório fala em bom tom para um dos clientes:
- Diga a ele que não vou cobrar pelo serviço.
Pelo serviço. Qual serviço? Pensei com meus “botões”.
- Assinou algum papel e repetiu para o rapaz.
- Não vou cobrar nada não, fala para ele.
A moça entregou os papéis e atendeu-me. Era para reconhecer cinco fotocópias de um atestado médico. Cinco assinaturas por cima do carimbo, coisa de segundos.
Rapidinho. Carimbou, assinou e entregou-me. Dez reais...
Pensei no pobre coitado do servente, do lixeiro e outros mais que trabalham o mês inteiro.
O velho ditado mais uma vez confirma a sabedoria antiga:
- “Tem gente que nasceu com o botão para lua...”
Encostado no balcão espero ser atendido. Duas funcionárias atendem, papéis nas mãos perto da mesa do chefe. Outros também aguardam. Lá de sua mesa o dono do cartório fala em bom tom para um dos clientes:
- Diga a ele que não vou cobrar pelo serviço.
Pelo serviço. Qual serviço? Pensei com meus “botões”.
- Assinou algum papel e repetiu para o rapaz.
- Não vou cobrar nada não, fala para ele.
A moça entregou os papéis e atendeu-me. Era para reconhecer cinco fotocópias de um atestado médico. Cinco assinaturas por cima do carimbo, coisa de segundos.
Rapidinho. Carimbou, assinou e entregou-me. Dez reais...
Pensei no pobre coitado do servente, do lixeiro e outros mais que trabalham o mês inteiro.
O velho ditado mais uma vez confirma a sabedoria antiga:
- “Tem gente que nasceu com o botão para lua...”