ESPIGÕES


Coisa esquisita. 
O tempo passa, tudo muda. 
A cidade também. 
Aqui tudo está diferente. 
Andei muito por aqui, de bonde, de ônibus, a pé, sem dificuldades. 
Hoje, perco-me.
Arranha-céus, muitos. 
Melhor ainda: 
- Espigões. 
Espigões sem estética, 
varas secas apontando para o céu.

Restam poucas casas antigas.
Cada uma delas, 
entre suas paredes envelhecidas e outrora reluzentes, 
contam histórias no silêncio da noite, 
do passado e das saudades.
Guardam histórias não contadas, 
vividas sim!

Por mais linda que dizem serem, 
não gosto de megalópolis, 
muito menos de espigões.
Selva, 
para sim, 
só mesmo a natural. 
A de “pedra... 
procuro distância!
Karuk
Enviado por Karuk em 10/10/2006
Código do texto: T261097