A TRISTE MORTE DA ARRAIA

Fui convidada por uma amiga para conhecer Ilha Comprida situada ao litoral sul de São Paulo, são 74 km de praias limpas e ininterruptas. Ela me disse sobre uma fila a espera da balsa que era até divertida. Saímos de casa antes de clarear o dia. Mal nosso carro andou alguns metros, encontramos com um carro sendo empurrado por três pessoas que nos pediram ajuda. Meu marido não parou o carro para ajudar, pois poderia ser um assalto.

Continuamos a viagem até chegar a Iguape onde paramos na fila para atravessar a balsa. Essa fila não era nada divertida. Era muuuito grande. Os carros andavam um metro e paravam. Nunca ficamos tanto tempo numa fila e tão cansados. Eu ficava pensando na beleza da ilha devido o tamanho da fila. Quando nós fomos lá, ainda não havia sido construída uma ponte que liga Iguape a Ilha Comprida.

Após cinco horas na fila, conseguimos entrar na balsa e chegar á Ilha Comprida. Fiquei decepcionada, pois a ilha não era tão linda como eu imaginei quando estava na fila da balsa.

Ficamos num apartamento alugado com minha amiga, seu marido e seus dois filhos: uma mocinha adolescente e um filho. Próximo do apartamento estava uma amiga de minha amiga e seus dois netos: um menino e uma menina. Meu filho fez logo amizade com o menino. Eles eram da mesma idade. Minhas filhas fizeram amizade com a menina.

Ficamos dez dias lá. A melhor coisa lá era andar na areia da praia. Para fazer caminhadas foi a praia de que mais gostei, pois não é como algumas praias que quase sempre encontramos algum obstáculo. Foi nessa praia que vi uma arraia pela primeira vez. A arraia havia sido pescada pelos pescadores e ainda viva foi vendida aos pedaços ali mesmo na praia. Achei o fato chocante. Nunca senti tanta pena de um peixe. Acho que os pescadores deveriam primeiro matá-la para depois vendê-la.