Jingle Bells

Natal, propagandas, lojas enfeitadas, luzes coloridas ; musicas celestiais; e não muito distante desse luxo; o lixo exibe o valor, aos andarilhos, em disputa para o melhor do dia.

Chama-me atenção, uma criança franzina, de olhar triste, com seu cãozinho, não muito diferente que ele;

A dividir um pedaço de pão com o amigo , cuidando, para não desperdiçar uma só migalha; é que a fome , é meio assim : come-se devagarinho, para enganar o estomago; ao fim do ultimo pedaço; diz para a vontade: Estou farto ; mais um dia sobrevive ,quem divide o lixo entre o luxo na selva de pedra, de alma e corpo presente no deserto das massas;

E o olhar da criança, encanta-se com o brilho, com papai Noel, exposto nas vitrines;

Com crianças bem vestidas, nos braços do bom velhinho, bem certo, que a foto vai para o álbum de família;

Também o menino, com seu cãozinho, dirigi-se á papai Noel. Penso:

É provável que o bom velhinho, abraçe-lhe os sonhos

E num segundo, minuto, numa palavra,ou simplesmente um abraço, uma bala;qualquer coisa que amenize e dê esperança ao coração de quem a dor silente deixa para atrás a infância;

Mas meus olhos nesta hora souberam chorar não minhas mazelas, mas dor matizada, com uma raiva,sei lá uma vontade de gritar meu grito sufocado; tomar partido á causas perdidas; sei lá meu Deus, não sei e nem explico o significado de minha emoção ao ver aquele menino e seu cãozinho, da loja enxotados; hoje deve pensar o menino na fantasia frustrada,que o bom velhinho, só aceita cartões de créditos.

JadeJaspperOhara
Enviado por JadeJaspperOhara em 10/11/2010
Reeditado em 11/11/2010
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