Malhação Mental do Vegetal.

Dialogando, “Magister Dixit” disse-me...

É comum os seres humanos praticarem seus esportes preferidos, para o bem estar físico e mental, possibilitando assim uma vida mais saudável e prolongada.

É triste ver um sujeito de idade mediana, alguns sessenta ou setenta anos, decrépito pelo fato de não ter dado à mínima para esportes quando podia fazê-los. E dizia, “eu, ficar puxando ferro por aí à toa, mas nem morto!” Ou outro: “o quê? correr por nada?! Mas de jeito nenhum! Não sou besta! Só corro se for de bandido ou de polícia!”.

Existe também o típico sujeito que malha apenas a mente. São os chamados meditadores, zen ou algo parecido. Se alongam e tudo mais, ao som de músicas indianas. Uma loucura, esses carinhas! São gente boa!

E, por fim, existem os vegetais, os quais não exercitam nada, andam por aí arrastando seus corpos e reproduzindo o que lhes dizem para reproduzir. São figuras tarimbadas na sociedade, em especial os deputados e senadores. Sugam a seiva da produção, e cospem o bagaço para a populaça selvagem mão-de-obra voraz, que arca com as dores, enquanto aqueles, com os prazeres. O que diga a dona Maria, dona do puteiro da Abadia, na zona sul!

Já os malhadores braçais, que constroem e carregam o mundo nas costas, estes sim merecem nossa consideração!

Mudando de assunto, outro dia, quando saí por uns campos em busca de manga, jaca e tamarindo, notei que havia num lado próximo da lagoa do Gargamel, alguns vegetais estendidos sob o sol, como que se refestelando com o nada existencial...

Saí correndo e fui chamar a polícia!

Savok Onaitsirk, 11.11.09.

Cristiano Covas
Enviado por Cristiano Covas em 09/11/2010
Código do texto: T2605900
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