A HORA DE VOAR CHEGOU.
Chagaspires
Durante a minha caminhada por este mundo de meu DEUS, muito tenho ouvido falar dos belos exemplos baseados nas virtudes que os animais irracionais possuem e que muitas vezes ajudam a nortear nossas atitudes.
O Leão, a cobra, a raposa, o cachorro, a águia, etc. São animais citados e reverenciados por sua maneira de agir.
Dentre eles o que mais me chama atenção é o da águia.
A águia é uma ave de rapina falconiforme, notável pelo tamanho e de uma visão inigualável. Com um grande vigor, possui uma capacidade de vôo fora do comum.
Ela plana nas altitudes aproveitando as correntes de ar sem o mínimo esforço.
Quando queremos elogiar alguém dizemos que: “Fulano é igual a uma águia”.
Desta maneira estamos enaltecendo aquela pessoa, atribuindo a ela perspicácia e grande talento.
Rui Barbosa um dos grandes nomes da nossa história foi presenteado com a antonomásia de “Águia de Haia”, por sua notável participação na Segunda Conferência de Paz em Haia (1907).
Mas o que me chama atenção nessa “Ave Real” é o cuidado que ela dispensa a seus filhotes.
Primeiro ela procura fazer seu ninho em um penhasco dos mais altos, evitando dessa maneira que algum pedrador possa surpreender sua prole enquanto sai em busca de alimento.
Confecciona a futura casa com cipós e gravetos entrelaçados para dar melhor segurança ao ninho.
Acolchoa seu interior com penas e gramas secas para aquecer os pequeninos.
Depois bota os ovos e os choca.
Quando nascem enquanto a mãe sai à procura de alimento o pai permanece de vigia até a volta da companheira, que com paciência e abnegação alimenta um por um até fartá-los de comida.
Esses cuidados são dispensados até o tempo em que chega a hora dos filhotes aprenderem a voar.
Diferente de nos humanos, a águia obriga os filhos a tomarem seu rumo no momento certo.
Voa por sobre o ninho como se estivesse peneirando e com o bico começa a empurrá-los ninho a fora os obrigando a saírem do aconchego para caírem abismo abaixo.
Desta maneira eles têm que usar as asas para poderem iniciar o vôo.
Sempre atenta ela mergulha tal qual um raio e vai recolhendo um a um em suas asas livrando-os de se espatifarem no solo.
De volta outra vez ao ninho, ela repete a proeza até eles começarem a voar.
Depois de conseguir seu intento ela feliz da vida voa em torno de sua prole, pois finalmente eles conseguiram entender que nasceram para voar.
Da mesma maneira nos humanos devíamos agir.
Diferentes da águia cercamos nossos filhos de conforto, pensando desse jeito que estamos proporcionando o melhor.
Televisão, computador, automóveis, games, shoppings, cinema, baladas.
Levar de carro para colégio, mesada, ensinar a usar camisinha, iniciá-los na bebida, e outras coisas que o mundo moderno oferece; só ajudam a nossos filhos retardarem seu “Dia de Vôo”.
Caia na real e faça como a águia: ensine seu filho que a hora de voar chegou.