PATARIA

O “Pato” é o bicho de pena, que anda abaixadinho e a “Pata” é a mulher do pato que “patateia” pra lá e pra cá. Pato é o jogador, que chegou e fez o gol. E tem o bico de pato, a sianinha de algodão que enfeita e adorna e que tem de toda cor. E o Donald é um pato que tem os sobrinhos patinhos e o tio, o “Patinhas”.

E tem quem pague o pato. Quem arca com as conseqüências de ações e atitudes de outra pessoa, paga o pato. E se não tiver pato, ele paga o peru. E além da pata mulher do pato tem as patinhas de caranguejo e a gente come uma, come duas e come três e como ela é gostosa a gente come outra vez.

E tem gente que é pato. Pato no xadrez, pato na dama, sempre perde, nunca ganha E tem o pacto, acordo entre pessoa. A especialidade médica que auxilia o médico em diagnóstico é a patologia. Gente que canta e que fala é patativa, nome de pássaro cantador. Quando se junta muitos patos como lá em Minas Gerais tem folia a “Patos Folia”. Sem falar no pato recheado, prato mineiro, que dá água na boca.

E tem pato que é gente. O Alexandre que joga a Maria Helena Patto que escreve. Tem pato preto, mariscado e branco. O pato do Paraná é “Pato Branco”. No Pará ele é com tucupi. A patogenia quer dizer o modo como um agente patogênico promove agressão a um organismo. Patogênico é algo capaz de produzir doenças – bactérias patogênicas.

No meio da tanta pataria o melhor é comer o pato. Se eu pedi e comi eu pago o pato. Mas, porque pagar o pato se eu nem escolhi, nem aplaudi, nem concordei? E qual é o preço do pato? De que tamanho é o pato? E se esse pato nem tem pena eu tenho pena de mim que não comi do pato e vou pagar mesmo assim.

Maria Dilma Ponte de Brito
Enviado por Maria Dilma Ponte de Brito em 08/11/2010
Reeditado em 21/04/2020
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